Vacina para adolescentes com comorbidade tem baixa procura

A divisão de Vigilância Epidemiológica (V.E) teve dificuldades para mobilizar o público adolescente que apresente algum tipo de deficiência, comorbidade, além de gestantes e puérperas. O período de vacinação teve início hoje no período da tarde na sede da V.E, na Penha Rio do Peixe.

Dadas as novas exigências para agendar por telefone ou whats app a aplicação da vacina, a coordenação dos trabalhos já havia percebido que a adesão estava pequena. O dia inaugural previa, incialmente, vacinar somente quem tinha 17 e 16 anos de idade. Com a baixa procura, foi decidido, então, ampliar o leque para a faixa etária dos 12 anos.

A enfermeira chefe da V.E Josemary Apolinário, confirmou que a imunização será feita com a vacina da Pfizer. Ela explicou para a reportagem da GAZETA que de todos os imunizantes adquiridos pelo Ministério da Saúde, este da Pfizer, além de ser o único indicado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para imunizar o público adolescente, é aquele com menor prazo de validade.

Isso, segundo ela, implica na elaboração de uma boa estratégia de vacinação para evitar perdas. “Um frasco possui 06 doses. Quando abro um deles, preciso ter a certeza de que todas as doses serão aplicadas”, ensinou. Josemary externou ainda sua opinião de que na medida em que as pessoas forem tomando conhecimento da vacinação para esse novo público, a situação tende a melhorar.

Cada faixa etária tem entre 200 a 250 indivíduos segundo dados estatísticos. Os com comorbidade, deficiência, gestantes e puérperas são estimados em torno de 10% desse total. Por isso mesmo a expectativa era de que a procura seria menor do que vinha ocorrendo com a vacinação dos adultos. A programação definiu a aplicação da vacina nestes grupos até 24 de agosto, terça-feira que vem.

São muitas as providências que devem ser tomadas antes. Confira:

–  fazer agendamento prévio pelos telefones (19) 9984.6690 (ligação e Whatsapp para recado) e (19) 99459.7456 (apenas ligação) das 8h00 às 16h00. Para adolescentes.

– Obter e levar Declaração de Comorbidades preenchida e assinada pelo médico responsável. O documento está disponível no site www.itapira.sp.gov.br/pagina/declaracao-de-comorbidades-vacinacao-covid-19/138.

– Realizar cadastro no site Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br)

–  levar no dia da vacinação CPF, comprovante de endereço e cartão SUS.

– Ter acompanhamento de pai ou responsável durante a vacinação

Dificuldades

As dificuldades impostas pela burocracia não intimidaram a prestadora de serviço Kely da Silva, mãe de Kethelin, de 16 anos. A garota tem deficiência motora e estava ansiosa por receber o imunizante. “Graças a Deus chegou rápido”, disse ela. A dona de casa Erica Barbanti fez questão de acompanha o filho Kauan de 17 anos. “Dei o maior incentivo. Estou muito feliz por ele ter consciência da importância da vacina”, disse Erica. Kauan contou que mantinha uma posição de certa indiferença entre tomar e não tomar o imunizante, acrescentando que o apoio da mãe foi fundamental para que optasse por ser imunizado.Erica deu o maior incentivo para o filho Kauan se vacinar