Móveis artesanais em área verde provocam celeuma no Santa Marta
Um burburinho que começou nas redes sociais acabou ganhando uma dimensão maior envolvendo moradores do Jardim Santa Marta, desde que o motorista de ônibus Manoel Alexandre do Nascimento Almeida, 59, decidiu no começo do ano instalar na área verde localizada atrás dos predinhos do IPESP mesas e bancos de madeira.
A área verde já tem uma mesa e alguns bancos de concreto. A colocação dos móveis feitas de modo artesanal por Manoel Almeida e principalmente o acúmulo de madeira em um trecho da área verde, causou desconforto a alguns frequentadores, os quais, se queixaram à Associação de Moradores do Bairro, que por sua vez se posicionou ao lado dos moradores.
“Não se trata de impedir que sejam instalados equipamentos que possam trazer algum ganho para a comunidade, mas o problema se reside na questão estética, no acúmulo de madeira, que ao invés de harmonizar o local, acaba destoando”, considerou um dos membros da Associação.
Ele disse que procurou a prefeitura para se informar se existe alguma regra para este tipo de intervenção em praça pública. “Tive contato na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) e recebi a promessa de que o caso seria analisado”, informou. Ele garante que não foram poucas as queixas que recebeu por conta das intervenções feitas pelo motorista.
O outro lado
A GAZETA conversou com Manoel Almeida. Ele contou que mora no local já há 04 anos e que “desde sempre” ajuda a cuidar da praça. Manoel disse ainda que tomou a iniciativa em colocar móveis de madeira por que intuiu que seriam úteis às pessoas. No momento em que conversou com A GAZETA, um casal usava a mesa e os bancos que ele fez para traçar uma quentinha. “Olha aí, pergunta para estas pessoas se elas estão se sentindo incomodadas”, disse para a reportagem.
Questionado a respeito das tábuas amontoadas de da falta de um trabalho mais caprichado, Manoel justificou que quando começou a fazer os móveis, a empresa onde trabalha havia dado licença para muitos funcionários (inclusive ele) por causa das medidas sanitárias e encontrou tempo para iniciar a empreitada a que se propôs, mas não para concluí-la, já que pouco tempo depois foi chamado novamente ao trabalho. “Sou o primeiro a reconhecer que falta dar um acabamento (nas mesas e nos bancos), mas vou fazer isso assim que tiver um tempo”, garantiu.
O morador acha ainda que as pessoas se mostram intolerantes por causa de pouca coisa. “Se estas pessoas desejam o bem da praça, eu também quero a mesma coisa. Tudo é uma questão de se conversar e chegar a um entendimento”, completou.
Depois da conversa com a reportagem de A GAZETA, ele enviou imagens mostrando que deu uma geral nas mesas, deixando-as mais bonitas, retirando o resto de madeira que havia no local.