Diante do colapso iminente, Ministério requisita medicamentos do Cristália

Diante de uma situação iminente de colapso na maior parte dos hospitais do país, o Ministério da Saúde decidiu tomar medidas extremas para impedir que haja um “apagão de insumos” necessários para o processo de intubação de pacientes com covid, e sobrou para o Laboratório Cristália.

Segundo aquilo que foi divulgado por diversos veículos de comunicação nesta sexta-feira, a empresa itapirense recebeu uma requisição administrativa do Ministério da Saúde para entregar medicamentos usados em UTI’s para intubação. A medida ocorre após prefeitos e governadores alertarem ao governo federal sobre a escassez desses produtos diante do aumento na quantidade de pacientes com covid-19 internados nos hospitais.

Requisição administrativa é uma ferramenta jurídica, prevista na Constituição, que permite ao governo federal intervir na iniciativa privada para atender a uma situação de urgência, e ou, emergência para toda a sociedade, preservando o interesse público em detrimento ao direito privado.

A empresa produz 24 dos 30 produtos usados para tratamento da COVID-19, em âmbito hospitalar, e garante ter quadruplicado a sua produção para atender os mais de 4 mil hospitais públicos e privados em todo o Brasil.

Na sexta-feira, 19, o Laboratório Cristália enviou nota à imprensa, confira:

“O Laboratório Cristália informa que recebeu do Ministério da Saúde, assim como os demais fabricantes, o pedido de requisição administrativa dos medicamentos utilizados nas UTIs para Intubação Orotraqueal (IOT).

A requisição administrativa foi feita dia 18 de março.

Os produtos são, Cisatracúrio, Rocurônio, Atracúrio e Midazolam.

Tanto os IFAs quanto os medicamentos finais são produzidos no Complexo Industrial Farmacêutico, Farmoquímico e de Biotecnologia do Cristália instalado em Itapira, no interior de SP.

O Cristália reafirma seu compromisso com todos os seus clientes, com a comunidade médica e com o Brasil”.