Gazeta Itapirense

Editorial: A desunião desfaz a força!

Nem todas as frases, aquelas que ganharam popularidade ao longo dos tempos, trazem tanta verdade como “a união faz a força”. Sempre que as pessoas se unem, os resultados positivos aparecem. Um ditado incontestável, porém, mal compreendido e pessimamente assimilado por algumas pessoas.

Na união para pequenas coisas, nem sempre se requer muita gente. São as demandas individualizadas. Nas coletivas, quase sempre, prevalece a preguiça, a falta de solidariedade, a ausência de empatia e o não comprometimento. Por isso, as vezes funciona, às vezes não.

Estamos vivendo um momento terrível. O pior dos últimos 100 anos. Como inimigo temos o coronavírus, que é insignificante no tamanho, mas poderosíssimo quando ele se reproduz e ataca unido o organismo humano.

A força do SARS-CoV-2 está na união. Juntos, quando eles formam a chamada carga viral, são capazes de adoecer oficialmente mais de 120 milhões no planeta, quase 12 milhões no Brasil, matar cerca 2,7 milhões de pessoas no mundo e mais de 290 mil em nosso país. Impotentes, vemos a nossa preguiça, a nossa falta de solidariedade, a nossa ausência de empatia, o nosso não comprometimento, a nossa ignorância e, principalmente, a nossa falta de união levar sofrimento e morte para parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos. Mortes evitáveis.

O Brasil vem se mostrando campeoníssimo na desunião. Parte da população brasileira ainda vê seus desejos individuais se sobrepondo ao coletivo. Há mais de um ano convivemos com hospitais lotados acima da média, médicos e auxiliares exauridos, cemitérios abrindo covas em cima de covas, economia estagnada, pessoas passando necessidades… E ainda vemos essa “gente do mal” destilando informações falsas, incentivando o não uso de máscara, defendendo as aglomerações, aplicando golpes, aumentando preços descaradamente, desviando recursos dos serviços de saúde…

O consolo é que a parte maior da população está unida contra o coronavírus, mas a parte menor consegue desfazer, nem tudo, mas o suficiente para atrapalhar.

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