Dia das Mães: quando o amor supera as adversidades

Neste domingo de Dia das Mães escolhemos uma história que mescla vários ingredientes em torno de uma pessoa especial, que há alguns anos teve sua vida mudada de forma abrupta.

Quem conheceu a cabelereira Maria Palmira de Oliveira deve trazer na memória seu sorriso largo, coração generoso e simpatia ímpar.

Numa época distante onde a molecada brincava na rua, Palmira era, sem dúvida alguma, ‘a mãe da rua Mário da Fonseca’, local onde morava e mantinha seu salão.

Porém, quis o destino que aos 64 anos de idade uma doença neurológica afetasse sua saúde, começando a debilita-la de forma gradativa e cada vez mais severa. Hoje ela está com 74 anos.

“Começou com alguns lapsos de memória, depois foi se agravando, até chegar ao estado que se encontra hoje. Totalmente dependente”, contou Evandro de Oliveira Santiago, o conhecido Pi, seu filho.

Durante quatros anos Palmira ainda conseguia se virar sozinha, mas desde 2016 ela vive acamada, precisando dos cuidados especiais que são desempenhados por seu filho e pelos familiares mais próximos.

Sem movimento algum, se alimenta através de uma sonda por onde recebe água também: “antes da sonda ela comia uma sopa, e logo depois engasgava, até mesmo água lhe fazia mal. Era muito difícil”, contou Eliane Marchiori, namorada do filho da Palmira. Após a cirurgia Palmira já ganhou quatro quilos.

Por sorte Palmira é mantida com uma estrutura bem montada que conta com cama hospitalar, fisioterapia duas vezes por semana e o principal, o amor e dedicação dos familiares.

“Com certeza ver ela assim me machucou e machuca muito, mas por outro lado é gratificante poder cuidar dela. Ela sempre cuidou de mim com tanta dedicação e com amor sem fim. Agora é minha vez de cuidar dela. E vou fazer isso, até que a missão dela aqui na Terra termine e ela encontre o caminho junto a Deus”, afirmou, emocionado, Pi.