Gazeta Itapirense

“Sacerdotisa” da amamentação, Juliana fala da emoção em ser mãe

A enfermeira Juliana Simonetti Belinello ocupa já há oito anos importante função no elogiadíssimo Banco de Leite de Itapira, que em março completou 20 anos de funcionamento. Na qualidade de coordenadora do programa, ela e sua equipe dão suporte a uma atividade considerada pela própria UNESCO (braço da ONU para a infância) como essencial para o crescimento e a saúde dos brasileirinhos e brasileirinhos.

Em sua rotina de trabalho, Juliana aprendeu a lidar com a ansiedade e com as “manias” de centenas de mamães de Itapira e de outras três cidades da região atendidas pelo Banco de Leite local: Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Estiva Gerbi. Segundo depoimento insuspeito das próprias colegas, não foram poucas as vezes que a moça ouviu queixumes das mamães que amamentam, e que doam o excesso do leite que produzem, do tipo “você precisa ser mãe para saber que a gente passa”.

No final de 2018, após mais de cinco anos à frente da coordenação do Banco de Leite, Juliana finalmente “passou para o outro lado”. Ela havia engravidado da pequena Sophia, de dois anos completados recentemente. “Evidentemente que existia toda uma ansiedade em saber como seria a experiência de eu mesma poder fazer aquilo que colocamos em prática no nosso dia a dia. Acabou sendo uma experiência indescritível”, relatou.

Juliana, o marido Thiago e a filha Sophia; divisor de águas na vida do casal

A chegada de Sophia, evidentemente, representou um divisor de águas na vida dela e do marido, Thiago Ribeiro. Mas especialmente no caso da mãe, a chegada da bebê colocou à prova toda experiência construída pela coordenadora do Banco de Leite em seu processo de imersão total neste tipo de especialização, o qual, segundo ela não se aprende na Faculdade. “Achei que ia ser mais fácil (amamentar). Tive problemas no começo. Eu me senti um pouco insegura”, admitiu.

 

Experiência

 Juliana avalia ainda que após se tornar mãe, acabou adquirindo uma habilidade maior no lidar com as pacientes. “O cenário mudou, agora eu me coloco no lugar delas na hora de resolver algum problema. Ficou mais tranquilo”, colocou.

Em sua avaliação, a nova experiência foi o coroamento de todo um processo que teve início a partir do momento em que decidiu deixar o setor de clínica médica, e aceitar o convite para atuar no Banco de Leite. “Aceitei pelo fato de me identificar muito com esta área. Sempre tive um carinho enorme por crianças. Apesar das dificuldades que a gente enfrenta, a experiência em conviver com tantas mamães e bebês é muito enriquecedora”, completou.

 

 

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