Gazeta Itapirense

Projeção sinistra: abril pode superar março em mortes

Seguindo uma tendência que certamente foi amplificada na maior parte do país, o mês de março foi para Itapira o mais fatal até agora em número de óbitos pela pandemia. Fevereiro contabilizou apenas 4 registros, dando uma falsa sensação de que a doença não estaria sendo tão letal na cidade. Quando março chegou, o total de casos explodiu e com ele o total de mortes.

Quando fevereiro começou, o total de casos positivos era de 2.990, com 57 mortes acumuladas desde o início da pandemia. Março começou com 3.523 casos positivos e 63 óbitos. Já no segundo dia do mês este número saltou para 66 e não parou mais: foi terminar com 104 óbitos (43 a mais do que o mês anterior) e exatos 4.718 casos positivos, 1.195 ou quase 40% a mais do que fevereiro. Foi em março que tivemos o simbólico número da centésima morte, anunciada no dia 29. Foi em março também que houve o maior registro de casos diários, com 83 deles anunciados no dia 27 de março.

Foi em março também que pela primeira vez os profissionais da linha de frente no combate da doença aqui na cidade passaram a lidar com a difícil rotina de 100% ou mais na ocupação dos leitos de UTI, situação que foi constatada pela primeira vês no dia 07 de março.

Medidas mais duras

Com as medidas mais rigorosas de distanciamento e isolamento social, determinadas pelo governo estadual na tentativa de conter o quadro que se cristalizou em março, era de se esperar que a situação tivesse alguma melhora. Mas, se o parâmetro for o número de óbitos, a situação mais do que preocupa.

Com o novo caso anunciado nesta quarta-feira, 14, já são 33 novos óbitos em menos de 15 dias. No mesmo período do mês passado foram 19 óbitos registrados. O mês começou com 4.741 casos positivos e 106 falecimentos. Subiu para 107 já no dia 02 e assim permaneceu até o dia 05. No dia seguinte o susto: o total de óbitos saltou para 116, nove anunciados em um único dia, recorde no município até aqui, no total de anúncios em um único dia – 16 falecimentos em 48 horas.

A tendência macabra teve sequência no dia seguinte, com outros sete casos, totalizando 123 óbitos em 07 de abril. No dia 09, foram outros cinco casos anunciados, que somados àquele divulgado no dia anterior elevou para 129 o total de mortes na cidade. A escalada teve sequência na segunda e na terça (12 e 13) com anúncios de 4 e 5 óbitos, respectivamente, elevando total para 138. Com mais dois casos na quarta-feira e ontem, já são 149. A pergunta que não quer calar é: até onde vai isso?

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