Gazeta Itapirense

Ovos de chocolate caseiros tem grande procura

Pelo segundo ano consecutivo o mercado de ovos de chocolate feito de forma artesanal enfrenta restrições causadas pelas medidas de contenção da pandemia. No ano passado, o “tsunami” veio sem aviso prévio e obrigou desde revendedores de insumos, à enorme legião de pessoas que esperam a chegada desta época do ano para ter um ganho extra, a se reinventar.

Neste ano nada sinalizava que as portas estariam abaixadas novamente. E, o raio caiu duas vezes no mesmo lugar, na opinião de Rogério Vieira de Mello, da Comercial Santa Helena, em Mogi Mirim, atacadista deste tipo de mercadoria, “Mais uma vez a gente teve que se desdobrar para ter um faturamento mínimo sem nos descuidarmos das determinações das autoridades. Algo muito complicado e que altera significativamente o dia-a-dia do nosso negócio”, avaliou.

Rogério disse que ampliou o sistema de entrega e cuidou de melhorar a logística, ampliando a rede de atendimento via WhatsApp. Ele conta que desta forma tem conseguido atender, com entregas pontuais, clientes de toda a região, inclusive aqui de Itapira.

A dona de casa Silvia Rossini, moradora do bairro Nosso Teto, diz que confecciona ovos de chocolate há seis anos. Afirmou que no ano passado ficou com receio de não poder atender sua clientela dada as dificuldades “e a novidade” do isolamento social. “No fim deu tudo certo. Tive uma procura grande e consegui entregar as encomendas”, registrou. Neste ano, ela diz que a maior preocupação diz respeito às restrições de circulação de pessoas. “Tenho clientes que gostam de vir encomendar diretamente comigo. Como isso ficou inviável, estou conversando preferencialmente pelo WhatsApp”, comentou.

A professora Thalita Santos Delfino, moradora nos Prados, criou a marca RM Chocolates e está no ramo há oito anos, priorizando o período da Páscoa. Ela disse que com relação ao ano passado, a principal mudança percebeu, foi a queda da renda das pessoas. O resultado prático, segundo ela, foi ter que reduzir o preço de seus produtos, para ter ganho em escala de vendas. “Produzi muito mais do que o ano passado para manter uma rentabilidade próxima do que eu possuía”, informou.

Thalita conta que trabalhou mais neste ano para ter uma rentabilidade próxima ao que registrou em anos anteriores

Maryah Francisco, dona da marca Doces Sensações, estabelecida no Condomínio Morada Nova, se queixa que os prejuízos causados pela pandemia não se restringiram à queda na renda das pessoas, mas também produziram aumento de custos com gastos com material de higiene e com entregas (delivery), que segundo ela tem sido fundamental para energizar seu negócio. Ela conta que também o custo dos insumos subiu bastante neste ano, principalmente os importados por causa da escalada do dólar.

Apesar disso, diz que conseguiu manter o número de encomendas e concluiu os trabalhos na tarde de quarta-feira. “Felizmente temos conseguido fidelizar nossa clientela ao longo de todos estes anos oferecendo produtos de alta qualidade a preços muito competitivos. Nossos produtos não ficam devendo nada aos produtos industrializados”, compara.

Maryah Francisco, da Doces Sensações, ampliou serviço de entregas
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