Gazeta Itapirense

Galera da Ginástica Artística de Itapira exalta feito de Rebeca Andrade

A medalha de prata na apresentação individual feminina da ginasta brasileira Rebeca Andrade, conseguida na quinta-feira na Olimpíada de Tóquio, encheu de orgulho os brasileiros e se tornou assunto comentado quase que na mesma proporção da façanha de Rayssa Leal, a Fadinha do Skate.

Evidentemente a repercussão foi maior no meio da galera que pratica a Ginástica Artística, modalidade, da qual, Itapira pode se orgulhar de ter uma tradição muito forte em termos regionais. Muito disso se deve, é claro, ao apoio da prefeitura. Mas também da capacidade, resiliência e do carisma da professora Cláudia Avancini, a qual, após mais de 30 anos de excelentes serviços prestados na formação de diversas gerações de meninas aqui da cidade, anuncia que está passando o bastão.

Passando para uma pupila dileta, Danila Luiza Sabadini, que durante muitos anos foi a principal referência do esporte aqui na cidade, e que depois de se cansar das exaustivas rotinas de treino e competições, decidiu ela mesma aplicar toda sua experiência em favor das novas gerações, se tornando professora da rede municipal a partir de 2001.

Ambas comentaram a pedido da GAZETA a medalha de prata de Rebeca e avaliam que a conquista já “estava caindo de maduro” nas participações brasileiras em jogos olímpicos, “batendo na trave” em diversas ocasiões, com excelentes resultados obtidos em campeonatos mundiais.

“Um feito histórico. Algo que vai motivar as novas gerações e que comprova que o trabalho bem realizado tem resultado positivo. Foi incrível e maravilhoso para a ginástica artística brasileira”, comentou Danila. Conforme projetou, a medalha terá o condão de popularizar mais em termos de Brasil a Ginástica Artística. “As medalhas de Tóquio fazem as crianças sonharem que é possível. E mesmo que seja um esporte onde muitas praticam e poucas chegam ao auto rendimento, essa conquista mostra que sim, é possível”, reforçou.

Danila:  uma das mais promissoras atletas da modalidade aqui em Itapira se tornou a sucessora da “chefe” na Secretaria de Esportes

Claudia também se derrete em elogios a Rebeca, cuja conquista, segundo ela, coroa a evolução da ginástica artística nacional. “Essa medalha foi muito merecida e mostra que o Brasil evolui muito na Ginástica. Lamento o fato de não termos conseguido a classificação da equipe feminina, mas a Rebeca fez uma competição linda com muitas dificuldades nos 4 aparelhos e se tornou nossa primeira medalhista olímpica. Anteriormente tínhamos somente títulos mundiais”, analisou.

 

Continuidade

 

Claudia disse que pesou muito bem a decisão de se afastar das aulas na Secretaria de Esportes, após 30 anos. Derramou elogios para a sucessora e afirmou que o trabalho bem feito continua tendo continuidade. Revelou também que não vai se afastar totalmente das atividades inerentes às aulas de ginástica. “Continuo exercendo a profissão no clube Santa Fé e na Graduação do curso de Educação Física do Centro Universitário Uniesi”, segredou.

Claudia passou o bastão, mas disse que continua antenada na modalidade

 

Danila revelou que antes da pandemia eram 80 as meninas com idade a partir de 4 anos praticando a modalidade por meio da Secretaria de Esportes do município. Ela disse que não vê a hora da volta dos trabalhos presenciais, advertindo que a exemplo de outras atividades, “Será como começar do zero de novo. Um enorme desafio”.

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