Gazeta Itapirense

Escassez de matéria prima retarda novo produto da Qualitas

Empresa que em maio passado completou 20 anos instalada no Parque Industrial Santa Teresinha, a Qualitas Sistema de Ventilação e Exaustão vem resistindo bravamente em meio às incertezas econômicas de um labirinto chamado Brasil e principalmente, às dificuldades em competir em um mercado dominado pelos produtos made in China.

Sob a batuta de duas almas gêmeas, José Galdeano, 69 e Paulo Stivalli, 67, a empresa tem no investimento em inovação e na diversificação de seu portfólio duas das armas que posicionam a Qualitas em privilegiada situação no mercado nacional.

O resultado de um destes investimentos deveria estar chegando ao mercado neste primeiro semestre. Em desenvolvimento há pelo menos três anos, um aquecedor elétrico portátil que já recebeu sinal verde até do sempre muito exigente Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), enfrenta um problema pontual e que afeta diretamente no atual momento centenas de empresas espalhadas pelo Brasil: a falta de matéria prima.

Stivalli e Galdeano estão há 20 anos gerando empregos e cativando as pessoas: gente fina!!!!

No caso da Qualitas, explicam os dois proprietários, o lançamento foi adiado por causa da carência de um produto, o ABS plástico, um granulado que é usado na fabricação e modelagem de peças. “Custava no começo do ano R$ 18,00 o quilo. Pulou para R$ 54,00 e não encontro para comprar”, detalhou Stivalli. Galdeano complementa afirmando que uma remessa adquirida não possuía a qualidade desejada.

 

Componentes

Durante todo seu processo de desenvolvimento, o pequeno aparelho passou por uma bateria de testes de resistência, eficiência e segurança. Praticamente todos os componentes serão fabricados pela própria empresa.

Chama atenção ainda seu designer compacto. Os dois executivos da empresa revelam em primeira mão para A GAZETA que o pequeno aparelho foi projetado por Jacob Breur, designer industrial holandês que trabalhou muitos anos para a Wallita, até montar sua própria consultoria. “Até a finalização do projeto ele visitou nossa empresa diversas vezes”, segredou Galdeano.

Compasso de espera: José Galdeano exibe algumas peças posicionadas no interior da linha de produção

Agora que o estrago está feito, Stivalli e Galdeano dizem que a pressa acabou. O lançamento oficial era para ter ocorrido em Março, amparado por uma eficiente campanha de marketing. Eles concordam que agora, resta aprimorar o novo produto naquilo que for possível e torcer para que no outono de 2022 o cenário esteja melhor do que ocorreu neste ano.

 

 

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