Gazeta Itapirense

Delegada Gilmara defende aprofundamento do caso da adolescente assassinada

A Delegada Dra. Gilmara Natália B. dos Santos, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itapira, atendeu na manhã desta quarta-feira representantes de diversos veículos de comunicação de toda região para falar a respeito do caso da menina de 14 anos, assassinada a facadas por um tio.

A delegada conversou com veículos de imprensa na manhã desta quarta-feira. (FB/Gazeta)

O caso veio à tona na segunda-feira, 20, quando a mãe da menina registrou queixa de desaparecimento. A adolescente tinha ido visitar a tia no final de semana. Durante a conversa com os jornalistas, a delegada Gilmara forneceu detalhes de como chegou rapidamente ao autor confesso do homicídio.

Segundo ela, foi determinante a atuação do que chamou de “testemunha protegida”, que desconfiou do comportamento do tio da garota. A delegada explicou que como sua equipe já estava imbuída do caso da menina desaparecida, intimou o comparecimento do pedreiro Gabriel Tiago Polentini, tio da adolescente, a prestar depoimento.

Gilmara informou que a confissão ocorreu de forma natural e arrancou do acusado diversas informações que a ajudaram a montar o quebra-cabeças do caso. Algumas questões, segundo ela, ainda precisam ser esclarecidas e as respostas poderão estar nos laudos periciais da equipe da polícia técnica e do exame de corpo de delito feito pelo IML.

 Acesso de Raiva

A titular da DDM de Itapira disse que não imputa ao réu confesso uma atitude deliberada, premeditada de cometer o crime, considerando as evidências contidas no depoimento que colheu do acusado. “Não acredito que seja um caso típico de feminicídio”, acrescentou.

A motivação principal do crime foi um acesso de raiva do tio. (FB/Gazeta)

A motivação principal do crime, segundo Dra. Gilmara, foi um acesso de raiva do tio, diante de ofensas dirigidas pela menor de idade que o teria chamado de corno, em um momento tumultuado na vida conjugal, quando lidava com suspeitas de que era traído pela esposa. Ela avalia que pelo menos até o presente momento não existe qualquer evidência de que o acusado abusasse da menina.

Esclareceu ainda que diante das evidências reunidas, indiciou ao acusado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – assassinato por motivo fútil e sem possibilidade de defesa para a vítima. A delegada Gilmara elogiou ainda a atitude da testemunha protegida, que permitiu que o caso tivesse um rápido desfecho, defendendo que a população sempre que possível deve colaborar com os órgãos de segurança para a elucidação de crimes.

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