Gazeta Itapirense

Clínica clandestina para dependentes químicos é fechada em Mogi Mirim

Uma clínica clandestina foi fechada na tarde desta terça-feira (21), nas Chácaras Sol Nascente, em Mogi Mirim.

A clínica supostamente tratava de dependentes químicos (dependentes químicos e alcoólatras) e foi interditada e lacrada pela Vigilância Sanitária, com apoio da GCM (Guarda Civil Municipal). A ação aconteceu após denúncias anônimas a respeito de maus tratos contra os internos.

GCM e Vigilância Sanitária foram ao local e constataram irregularidades.

Havia na clínica 41 pessoas internadas, incluindo dois cadeirantes e uma pessoa com problemas neurológicos graves. Além deles, havia dois menores de idade e uma pessoa acamada.

Aos repórteres, um dos internos afirmou que teria sido agredido pelos monitores, que, na verdade, são internos com alguns privilégios da hierarquia da clínica. Outros internos estavam sendo aguardados para esta terça-feira.

Interno informou que foi agredido por outros internos que tinham privilégios na clínica. (Divulgação)

Em uma vistoria pelo local, na geladeira e dispensa, nenhuma comida foi encontrada e o cardápio possuía pouca variação de pratos. Na maioria das refeições era servido apenas arroz, feijão, legumes, macarronada e polenta. “Quando estava bom, tinha salsicha. Carne mesmo, só iríamos comer no Natal”, denunciou um interno.

A situação do local surpreendeu os fiscais da Prefeitura e técnicos da Vigilância Sanitária que participaram da ocorrência: “Eles não têm assistência médico, psicológica e nem possuem um enfermeiro à disposição”, espantou-se uma fiscal.

Situação do local deixou fiscais espantados. (Divulgação)

O local onde funcionava a clínica, pertence a um homem residente em Limeira, e estava irregularmente registrada na Prefeitura como sendo um albergue. Toda vistoria foi acompanhada pessoalmente pela gerente da Vigilância em Saúde, Vivian Dellalibera Custódio.

Durante a blitz foram apreendidos muitos remédios, inclusive alguns com o prazo de validade vencida. A receita era fornecida por uma médica de Limeira.

Muitos medicamentos, com uma grande parte vencidos, foram encontrados. (Divulgação)

Os peritos do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil de Mogi Guaçu estiveram na chácara. Já os responsáveis pela clínica foram encaminhados à CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde a delegada de plantão, Raquel Casalli, os ouviu em depoimento. Alguns internos também conversaram com a policial.  O Conselho Tutelar também ouviu os internos a considerou o caso como sendo grave.

A secretária de Promoção Social de Mogi Mirim, Cristina Puls, foi até a chácara onde funcionava a clínica para saber as condições dos internos e que tipo de ajuda eles necessitam. A maioria será devolvida às famílias ou destinados ao abrigo SOS Cristão.

Fonte: Portal Cidade de Mogi Mirim

 

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