Gazeta Itapirense

Coluna ‘Chapa Quente’, dia 24 de Fevereiro

Toque de Mestre. No auge do contágio do coronavírus, o então prefeito Paganini decretou toque de recolher em Itapira das 22h às 06h. Na ocasião, a oposição descontrolada caiu matando em cima do Mestre, com memes e chacotas intermináveis, e conseguiram que a Justiça derrubasse o decreto.

Fez escola. E o que aconteceu depois? Os casos aumentaram e hoje o estado de São Paulo cogita decretar o toque de recolher nas regiões onde a pandemia está castigando mais. O mesmo está acontecendo pelo resto do país e mundo afora. Conclusão: o Mestre estava certíssimo! Só o distanciamento controla o contágio.

Chá de sumiço. Servidores do Paço Municipal estão curiosos para saber o paradeiro do prefeito Toninho Bellini. Faz quase 15 dias que o alcaide não é visto por lá, em reuniões ou pela cidade. Perguntam se ele já está tirando as suas primeiras férias, mesmo antes de completar 60 dias no cargo.

Ainda não caiu a ficha. Brincadeiras à parte, os mais chegados estão dizendo que o prefeito buscou uma região contemplativa para meditar e encontrar um rumo para a sua administração. Quem ele sabe receba inspiração para completar secretariado e corrigir a maior omissão de todos os tempos entre todos os prefeitos empossados este ano no Brasil.

E o meu? Nem todo mundo está para brincadeira. As más línguas dizem que o sumiço do prefeito se deve a enxurrada de pedidos de empregos prometidos durante a campanha. Contabilizaram mais de 700. Era só ele andar na rua, ter que cortar caminho ou nem olhar para o lado. Sempre apressado…

Deu zebra? Esse negócio de garantir emprego na prefeitura para arrumar apoiadores, antigamente até funcionava. Agora, com as limitações legais e os olhos atentos do Ministério Público, só promete esse tipo de coisa quem tem certeza de que vai perder a eleição.

Cracolândia itapirense. Com a revitalização do Parque Juca Mulato esperava-se que a família pudesse voltar a usufruir aquele belo espaço público. Mas pelo que se vê, a situação piorou de uns tempos para cá. Lixo a olhos vistos, cuecas e calcinhas e até excrementos humanos estão por todo canto. Os usuários de drogas pesadas se divertem na “cracolândia de Itapira”.

GM presente! Os cidadãos frequentadores do Juca Mulato falam por uma boca só: é preciso que a guarda municipal seja designada pelo prefeito para atuar em horas incertas em não sabidas de forma sistemática. Será que tomarão providências?

Mal começou…  Em menos de dois meses, várias reclamações pipocam nas redes sociais relatando problemas de atendimento no HM. Uma delas narra as idas e vindas de uma mulher com fortes dores abdominais, com internações seguidas de altas sem grandes explicações.

Começou mal! No relato, o marido conta que a esposa, diante das fortes dores e nova internação, foi constatada uma pedra na vesícula e que ela deveria passar por cirurgia após um breve tratamento medicamentoso. Passados quatro dias, a paciente ainda com muitas dores, recebeu mais uma alta, sem qualquer indicação de remédios ou tratamento, cabendo-lhe procurar a UBS.

Ufa! O marido, desesperado, continuou tentando resolver o problema, sempre colocando a posição dos médicos como um descaso total diante de tantas dores e vômitos o tempo todo. Depois de muito esperneio nas redes, ações junto à ouvidoria do HM e ameaças de providências cabíveis, o caso foi resolvido. Será que neste país só se garante direitos básicos depois de uma boa briga?

Boca de siri 1. O que mais chama a atenção daqueles que reclamam do atendimento do HM é que antes, tudo era motivo de questionamentos e críticas por parte dos opositores ao prefeito Paganini. Agora, nem situação, nem oposição. Bocas que viraram túmulos.

Boca de siri 2. Itapira parece estar se achando dentro de uma bolha onde o coronavírus não dá as caras. Tanto o país inteiro como os municípios paulistas, a cada dia, casos estão aumentando, ambulatórios e UTIs entrando em colapso, pessoas morrendo, e por aqui parece que está tudo bem.

Assustador. Do início da pandemia ao final do ano passado, Itapira teve 2.384 casos confirmados. Em 2021 já estamos com 3.403. Em menos de dois meses, 1019. Um avanço de 43%. É pouco?

Enquanto isso… Médicos e enfermeiros da cidade estranham que enquanto a maioria das cidades zeram os óbitos suspeitos, Itapira vem mantendo, desde o início do ano, números altos. Era ZERO no dia 1º de janeiro, nesta terça-feira, 12 óbitos estavam em investigação. O que será que está acontecendo? Será que querem esconder algo.

Aqui não. Depois que a EPTV noticiou o agravamento da doença em Mogi Mirim, algumas pessoas começaram a dizer que o problema estava lá e em Mogi Guaçu e outros preocupados com o HM que teria que ajudar a cidade vizinha. Oras, se tivermos leitos livres, porque não?

Não é bem assim. Acontece que Itapira está vendo os casos aumentarem, dia após dia. Nesta terça-feira, estávamos com 72% dos leitos de UTI ocupados, Mogi Guaçu com 75% e Mogi Mirim com 79%. Ou seja, estamos caminhando para o colapso, como a região. E tudo parece tranquilo, não se presenta medidas para conter o avanço. Só se o Doria mandar! A ordem é evitar desgastes com a população e empresários.

Bola branca. Para não dizer que nada está sendo feito, os vereadores organizaram uma comissão para visitar algumas escolas municipais e verificar se elas estão aptas a receber os alunos com segurança. Nessa comissão estavam Maísa Fernandes, Beth Manoel e Leandro Sartori.

O eu sozinho. A outra comissão foi composta por um único vereador, o André Siqueira, que se postando como um “xerifão da Covid” se apresentou às escolas, observando tintim por tintim. As colegas não gostaram nadica de nada dessa postura individualizada.

Sem embaraços. Os usuários da Itapira Mogi Guaçu receberam com alegria o anúncio do deputado Barros Munhoz de que os entraves para a remodelação da estrada terminaram. É claro que tem muita gente torcendo contra e se puder, vai atrapalhar. Os recursos para as obras já estão reservados para o empenho. Agora vai!

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