Gazeta Itapirense

Cidade vacina mais de 70% com duas doses e atinge “imunidade de rebanho”

Segundo dados da Secretaria de Saúde do município, nove meses após o início da vacinação contra a covid a partir de fevereiro deste ano, Itapira atingiu no início de novembro mais de 70% de pessoas imunizadas com as duas doses da vacina, sem falar em outras quase 6 mil que tomaram a terceira dose, a chamada “dose de reforço”.

Conforme último balanço divulgado (05.11) o “vacinômetro” indica que 55.117 pessoas tomaram duas doses, que somadas às 1.840 que tomaram a dose única (vacina da Jansen) totalizam 56.957, cerca de 75% da população atual. O total de moradores da cidade, conforme contagem populacional feita por estimativa pelo IBGE, atingiu em setembro 75.863 habitantes.

Com mais de 70% de pessoas imunizadas com duas doses, Itapira, em tese, atinge aquilo que experts no assunto definem como sendo “imunidade coletiva”, ou “imunidade de rebanho” como é mais conhecida.

Conforme entendimento utilizado por muitos cientistas, a experiência histórica mostra que muitas das doenças infecciosas, como a poliomielite, sarampo, varíola, entre outras, os imunizados são resistentes a novas infecções pelo mesmo agente infeccioso e, se a proporção de imunização é suficientemente alta, ajuda a criar uma barreira que interrompe as cadeias de transmissão, protegendo, desta maneira, de forma indireta, as pessoas não imunizadas.

A aplicação desse conceito especificamente no caso da covid não encontra unanimidade no entendimento da comunidade científica, por várias razões, sendo a principal delas o pouco conhecimento que se tem a respeito da doença e do vírus causador que já demonstrou ter grande poder de mutação. Além do mais, conforme observou um médico familiarizado com o atendimento a casos de covid aqui na cidade e que preferiu o anonimato, “O mais importante neste momento é atingir ao maior número de pessoas imunizadas com as duas doses”, fato que, segundo seu entendimento, “é a única garantia para a redução dos casos mais graves da doença”. Disse ainda que a propagação de uma “falsa sensação de segurança” só iria contribuir para que parte das pessoas abandonem hábitos importantes, segundo ele, para evitar a transmissão do vírus, como distanciamento, uso obrigatório de máscaras em locais fechados e hábito de higienizar as mãos com frequência. “O momento ainda não permite relaxamento”, advertiu.

Índice foi atingido nove meses depois da chegada da vacina na cidade

 

 

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