Gazeta Itapirense

Caminhoneiros: para maioria, não existe clima para greve

Uma nova greve dos caminhoneiros foi um dos assuntos que mais circulou pelas redes sociais na semana que terminou. Lideranças do setor planejam, segundo informações que circulam pelas redes, uma paralisação a partir desta segundo, dia 1ª de fevereiro, com a pretende fazer algo parecido com o que ocorreu em maio de 2018, que colocou a economia do país de joelhos.

Aqui em Itapira o assunto, como não poderia deixar de ser, está no radar dos profissionais do volante. “A situação não está fácil para ninguém. Motivos para uma greve temos vários. Mas não acredito que esse seja o momento ideal para uma paralisação, principalmente por causa da pandemia”, opinou o caminhoneiro José Adilson Gaspardi, o Gaspar, que mora no Penhão. Autônomo, ele dirige um caminhão Mercedes Benz.

Gaspar ao lado do seu mercedão: acredita que a greve não emplaca desta vez

Gaspar relata que nas conversas que ouve no rádio amador que carrega dentro de seu veículo, tem percebido disposição de muitos colegas em parar e que por isso acha que pode ocorrer paralisação em lugares específicos, principalmente na região Sul do país.

Fábio Santos de Lima, de Canoinhas, Santa Catarina, carrega embalagens da Penha S/A para o Paraná e Santa Catarina. Ele disse para a GAZETA que a greve tem tudo para emplacar. “O preço do óleo diesel não para de subir. Isso foi determinante para a greve em 2018. Os colegas tem insistido para que paremos a partir de segunda. Eu acho que a chance do movimento ter início é muito grande”, aposta.

Fábio Santos avisa que paciência da categoria está no limite

Seu colega Jauri Conrado, de Três Barras (SC), que também faz a rota Itapira e região sul do país, é mais cauteloso. “Conversa a respeito da greve a gente tem ouvido sim. Mas, particularmente, não tenho sentido disposição da maioria dos colegas para uma paralisação como ocorreu em 2018. A própria pandemia monopoliza todas as atenções neste instante e é um sério empecilho”, colocou.

Jauri, de Três Barras (SC): pandemia é empecilho

Um empresário do setor de transporte de cargas aqui da cidade, que pediu anonimato, disse que as condições para uma greve neste momento destoam do cenário observado em 2018. “Em 2018 foram muitos os avisos de que o transporte de carga poderia parar e o governo (do então presidente Michel Temer) dormiu no ponto. Neste momento, além do Bolsonaro ter uma influência muito forte entre os motoristas, o governo tem agido para atender as reivindicações. Não acho que a ameaça de greve venha a ser consumada. Pelo menos por enquanto”, observou.

 

 

 

 

 

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