Gazeta Itapirense

Bandidagem age na zona rural e preocupa proprietários

O início de 2021 tem trazido para alguns proprietários rurais da cidade uma preocupação adicional. Uma onda de furtos atingiu recentemente a região que compreende o bairro dos Limas e Cotia. Pelo menos três propriedades foram “visitadas”, sendo que uma delas, a Fazenda Jardim, pelo menos três vezes.

Segundo relato de moradores e proprietários, que falaram sob condição de ter suas identidades preservadas, os ladrões procuram preferencialmente insumos agrícolas, mas “levam de tudo”, segundo um fazendeiro. “Levaram selas de montaria, implementos e até medicamentos veterinários”, disse.

Segundo um proprietário, pior é o estrago que os bandidos deixam para trás. “O prejuízo acaba sendo grande, sem falar no sentimento de impotência”, comentou uma pessoa ouvida pela reportagem. Nestas ocorrências, não foi levado nenhum trator, algo que em Mogi Mirim por exemplo, tem se tornado uma epidemia. O último relato deste tipo de crime aqui na cidade ocorreu há cerca de um ano atrás quando uma propriedade da família Bachin foi invadida e teve dois tratores levados.

“A gente se sente desprotegido. Você fica com medo até de andar pela propriedade”, disse um fazendeiro”. Ele disse que não fez Boletim de Ocorrência. “Não adiante, não resolve nada”, afirmou.

 

Policiamento

A GAZETA conversou a respeito do assunto com o coordenador da Guarda Municipal, Mirovaldo Farabello e com o Capitão PM Fábio José Vieira dos Santos, comandante da 3ª Cia de Polícia Militar. Em linhas gerais, ambos afirmaram que é necessário estabelecer ações conjuntas para fazer frente, principalmente, à e enorme extensão da zona rural da cidade, com quase 900 km de estradas.

Farabello alertou para a importância das pessoas lesadas em fazer o Boletim de Ocorrência. “É um documento que vai ter uma importância muito grande por exemplo, se a polícia encontrar os ladrões e os equipamentos subtraídos, importante também para dados estatísticos, apontou.

O coordenador da GM lembra ainda que a corporação possui uma viatura somente para este tipo de patrulhamento, realizado, segundo ele, “24 horas por dia”. Mas, mais uma vez ele menciona as dificuldades geográficas. “Difícil você estar em todos os lugares ao mesmo tempo”.

Farabello: importante registrar a ocorrência

Capitão Fábio raciocina da mesma maneira. “Não temos um efetivo numeroso que nos permita ter um atendimento direcionado somente para a zona rural, mas evidentemente que dentro destas limitações, estamos sempre atentos às ocorrências que chegam ao nosso conhecimento”, afirmou. O oficial disse que pretende colocar uma proposta em nível de Conselho Municipal de Segurança (CONSEG) tão logo o órgão volte a se reunir (os encontros foram suspensos desde março do ano passado por causa da pandemia) para que o modelo de associação conhecido como “Vizinho Solidário” seja implantado também na zona rural. “É uma ideia. Este tipo de cooperação traz muitas vantagens. Pretendo colocar esta proposta em discussão”, arrematou.

Capitão Fábio quer formas de colaboração entre os diversos proprietários

 

Compartilhe
error: