Gazeta Itapirense

Artigo: “Lago das Esmeraldas”, sejamos como ele

Nestes dias, eu e todos nós estamos recebendo tantos números negativos, tantas notícias ruins e tantas histórias tristes, que mexem com nossa alma, mexem com nosso modo de viver. Juro, mesmo, que momentaneamente passa pela minha mente e talvez de muitos, de desistir. Graças a Deus, esses pensamentos vão embora, rapidamente, num piscar de olhos, porque flashs de coisas boas e de esperança brilham, no mesmo instante.

No sábado passado, logo pela manhã, eu e a Paula resolvemos dar um passeio de moto, para encontrar um pouco de alento, nas paisagens de Mogi Mirim.

Em nosso giro, passamos pelo “Lago das Esmeraldas”, uma paisagem magnífica, que fica bem na entrada da cidade, entre Mogi Mirim e Mogi Guaçu.

O Lago das Esmeraldas, como muitos o chamam agora, fica localizado na Rodovia Deputado Nagib Chaib, possui uma área 13.400m², em suas laterais, paredões de rocha com altura variável entre 15 e 20 metros e o lago possui aproximadamente 4 metros de profundidade.

Provavelmente, todos já ouviram falar desse lugar, pelo seu nome mais antigo de Pedreira Degrava, a mesma que foi desativada, após o afloramento do lençol freático.

Entre as informações desse espaço, destaco um texto do meu amigo jornalista, Jorge Luiz Dias,  em que relata: “A antiga Pedreira Degrava é um lugar que, com certeza, desperta a curiosidade de muitas pessoas de Mogi Mirim e região. Faz parte da história do município e de seus moradores. Uma região de beleza natural única”

Mas, o que leva à reflexão, neste momento, é que esse magnífico “Lago das Esmeraldas” se formou pela devastação do homem, sim, sabemos que inúmeras explosões foram realizadas, naquela pedreira, com a finalidade da retirada das pedras e com isso destruindo o morro, as explosões acabaram com toda natureza viva no local e os seixos de rocha quebrada foram usados, nas construções de ruas, de avenidas e de fundações de edifícios, em nossa cidade e de toda região.

Quando o homem não viu mais a possibilidade do uso, pelo afloramento do lençol freático e com as proximidades das construções civis, menciono isso com propriedade; quando criança, eu morava próximo à pedreira e cheguei a ouvir as explosões, quantas vezes ouvi a mãe, logo após os estouros, dizer palavras religiosas pedindo proteção.

Com o fechamento e o afastamento do homem do local, a natureza assumiu o controle e começou o trabalho de recuperação e  de remodelagem das degradações, encontrou  os espaços entre as paredes rochosas, entre as frestas e as fissuras das rochas e subiu pelas paredes de pedra, formando uma pequena mata, a água foi completando os espaços e formou o lago, de águas limpas e  de tom verde, proveniente da presença de grande quantidade de algas, que acabou sendo referência para os visitantes rebatizarem o lugar com o nome: “Lago das Esmeraldas”.

E, neste momento, estamos passando por algo semelhante. Está feio o mundo, mas com o tempo e as ações positivas, encontraremos os caminhos para superar, encontremos os espaços, nos pontos mais difíceis. Tenho certeza de que nos recuperaremos e seremos um povo feliz, com liberdade e prosperidade, não igual a antes, mas muito melhor.

Boa semana!

Nelson Thedoro

 

Video Ilustrativo:

 

https://www.youtube.com/watch?v=LQEH_P9nfag

 

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