Delegada titular da DDM fala de seus primeiros 60 dias à frente do cargo

Ocupando as suas atribuições desde 21 de setembro, a delegada de polícia, Dra. Gilmara Natália B. Santos, titular da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), acha que já teve tempo suficiente para uma imersão nos assuntos de sua esfera de atuação e espera, a partir de agora, manter uma sintonia cada vez mais próxima junto aos diversos canais de interlocução com os quais vem interagindo.

Natural de Igarapava, região de Ribeirão Preto, Gilmara chega trazendo na bagagem – apesar de ainda muito jovem – a experiência de quase uma década na Polícia Civil (onde ingressou em 2012) com passagem por diversas cidades da grande São Paulo e até mesmo na capital, onde adquiriu uma expertise fundamental para exercer suas atribuições.

Em conversa com A GAZETA, disse que quando chegou para assumir o cargo, foi seu primeiro contato com Itapira, cidade que avalia como acolhedora e para a qual dirige um elogio que revela um pouco de sua personalidade. “O azul do céu de Itapira é um dos mais intensos e lindos que eu já vi”, descreveu

Em pouco mais de 60 dias, Dra. Gilmara tem tido uma rotina de encontro com autoridades locais, especialmente aquelas que se relacionam com o universo feminino e por extensão voltados para a proteção social de grupos específicos como crianças e adolescentes. No final da semana passada quando conversou com o jornal, tinha tido uma reunião com o Conselho Tutelar. “São pessoas bastante comprometidas”, disse ela sobre a impressão que teve de seus interlocutores, após a reunião.

Elogio que também dirigiu a outros organismos com os quais manteve contato a fim de pavimentar sua atuação no exercício do cargo. “Tem sido importante este tempinho para, e aprofundar na a rotina da DDM, e de me relacionar com os diversos setores da sociedade”, acrescentou.A delegada avistou-se também com o servidor público municipal José Bernardes, presidente do Conselho de Segurança, com o qual conversou a respeito de diversos assuntos relacionados à importância deste canal de interlocução da sociedade local com os organismos de segurança do município.

Com José Bernardes, do Conseg, destacou a importância do órgão

Gilmara disse ainda que ficou bastante satisfeita com a estrutura que encontrou na DDM da cidade. Ficou particularmente bem impressionada com a “brinquedoteca” existente no local, que serve como local de acolhimento para crianças vítimas de abusos e cujo modelo começa a ser “exportado” para outras cidades. Não se esqueceu de dirigir elogios à equipe que está à sua disposição, embora tenha notado que a DDM local enfrenta um problema comum à grande maioria dos municípios do Estado, a carência de funcionários. “Esse problema aqui em Itapira é muito sério”, fez questão de observar.

Dependência Química

A GAZETA quis saber dela o que mais chamou sua atenção neste início de trabalho. Sem hesitar, Dra. Gilmara destacou o grande número de dependentes químicos. Situação que atinge de forma direta, segundo ela, muitas mães que acabam ficando sem saber como agir quando um problema como este se instala no seio familiar. Ainda, conforme esmiuçou, chamou sua atenção o fato de que muitas destas mães, elas próprias, têm envolvimento com substâncias entorpecentes. “Já presenciei situações parecidas em cidades com uma população muito superior a Itapira. Por isso me surpreendi ao perceber a incidência deste tipo de situação aqui na cidade”, completou.

Dra. Gilmara teve passagem por cidades de maior porte do que Itapira, incluindo a capital