Gazeta Itapirense

Tipo do vírus da dengue isolado em Itapira pode explicar alta no número de casos

A Secretaria Municipal de Saúde – por meio da Vigilância Epidemiológica (VE) – recebeu essa semana o resultado de um exame de isolamento viral colhido há pouco mais de um mês que identificou o vírus DENV-2 circulando na cidade, fato que pode explicar o grande aumento do número de casos.

Conforme explicou a responsável técnica da VE, Josemary Apolinário, o vírus que circulou na epidemia de 2014/2015 e também nos últimos anos é o DENV-1 e isso significa que as pessoas podem ter nova infecção com um tipo diferente circulando. “Na nossa região, as cidades vizinhas já haviam isolado o vírus DENV-1, que provavelmente também circula em Itapira. Porém, com o DENV-2, as mesmas pessoas que já tiveram a DENV-1 podem contrair a doença novamente. Ao mesmo tempo, aqueles que não tiveram nenhum tipo, estão sujeitos aos dois vírus”, alerta.

De acordo com os protocolos da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, somente as chamadas unidades sentinelas de cada Regional de Saúde realizam o exame para isolamento viral. Porém, o caso de Itapira foi atípico devido ao perfil do paciente: uma gestante, com sinais de alarme e que precisou ser internada. “Devido esse caso ter sido mais grave e ter sido detectado no período correto, fomos autorizados a fazer o isolamento viral”, explicou Josemary.

A paciente em questão era moradora da região da Vila Ilze/Cubatão e depois da chegada do resultado a Vigilância Epidemiológica fez nova investigação e constatou que ela não havia saído do município, o que significa que realmente se trata de caso autóctone. “Além desse aumento de casos por ter mais de um tipo de vírus circulando, notamos que quando há reinfecção podem ocorrer mais sintomas e por mais tempo, fazendo com que esses pacientes precisem buscar por assistência médica várias vezes”, completou a responsável pela VE.

Diante desse cenário, Josemary Apolinário reforçou o apelo para que a população elimine os criadouros. “Nas ações de bloqueio temos encontrado muitas larvas em bebedouros de animais, calhas e caixas d’água. Cada pessoa precisa fazer a sua parte para evitar a proliferação no mosquito transmissor”, enfatizou. Além das ações de bloqueio de criadouros – que são aquelas com visita casa a casa – a Vigilância também está realizando a nebulização nos bairros.

A semana

A semana em Itapira foi marcada pelo assustador número de 1.324 casos em apenas sete dias. No total agora são 3.802 confirmados e 03 mortes em investigação.

 

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