Gazeta Itapirense

Saúde já planeja medidas “pós-covid”

Embora ainda esteja ainda adotando um discurso de bastante cautela mesmo diante dos evidentes sinais de desaceleração da pandemia na cidade, o Secretário de Saúde, Vladen Vieira, já vislumbra um cenário onde a desmobilização da atual estrutura de enfrentamento se torne inevitável.

Falando para A GAZETA, Vieira externou que ainda é cedo para falar em “pós-covid”, advertindo que a situação parecida já foi verificada ao final do ano passado, quando o total de casos diminuiu e a pressão sobre o sistema hospitalar deu lugar a uma situação menos caótica. “Logo em seguida a um relaxamento das pessoas passamos a viver o pior momento da pandemia. Temos ainda uma outra variante circulando no país (Delta) que já fez aumentar novamente as internações no Rio de Janeiro e é aquela atualmente com maior índice de contaminação em São Paulo”, alertou.

Ao par dessa posição cautelosa, o principal gestor da saúde do município, já negocia com a Secretaria de Estado da Saúde, a desmobilização de seis dos dezesseis leitos de UTI para covid. Além da questão da economia de recursos – Vieira assegurou que a União custeia menos da metade dos gastos com a covid, com prazo de validade até dezembro, somente – a gestão da saúde quer direcionar novos leitos de UTI para situações do dia a dia. “Para um hospital com as características do nosso, existe uma necessidade de aumento das vagas de UTI. Estamos nos movimentando nesta direção”, afirmou.

 

Quarteirão da Saúde

 

Vieira revelou ainda que já vem mexendo, por conta da menor pressão sobre o sistema, na escala de médicos, procurando racionalizar o serviço para que não haja ociosidade, nem falta de médicos, por exemplo. “É um equilíbrio que a gente busca constantemente e que por motivos óbvios, ficou prejudicado durante os momentos de maior fluxo de pacientes da covid”, avaliou.

Nos planos da atual gestão, está a requisição de todas as dependências onde ainda hoje funciona o Centro de Valorização do Trabalho (CVT) para aSsaúde, com a criação daquilo que Vieira chamou de “Quarteirão da Saúde”, fixando no local órgãos que hoje estão espalhados em outros prédios, como por exemplo Vigilância Epidemiológica (V.E), Vigilância Sanitária e Zoonose, sediadas no CAIS Irmã Angélica. “É uma opção que estamos examinando”, admitiu.

 

“Hospital de Campanha”

 

A menor utilização do anexo inaugurado em maio, denominado de forma genérica como “Hospital de Campanha”, permitirá, segundo Vieira, o aproveitamento do espaço para outras finalidades. A GAZETA apurou ainda que a atual administração está fortemente empenhada no cumprimento, já a partir de 2022, da instalação de uma unidade de atendimento de hemodiálise e um ambulatório oncológico, promessas de campanha da eleição de 2020, cujas instalações são cogitadas para serem fixadas no tal “Quarteirão da Saúde”.

Vladen Vieira adota um discurso cauteloso com relação ao suposto controle da pandemia

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