Gazeta Itapirense

Promoção Social anuncia medida para abordar moradores de rua na Rodoviária

 

 

A recente ação realizada no primeiro dia útil do ano (2ª feira, 03) pela Secretaria de Promoção Social para enquadrar moradores de rua que faziam da Estação Rodoviária local de abrigo, fazem parte, segundo divulgou a Secretaria de Promoção Social, de um esforço para melhorar o atendimento a este tipo de demanda, que tem crescido muito na cidade.

A assistente social Regina Ramil Marella, titular da pasta da Secretaria de Promoção Social, disse que no final do ano passado foi realizado um encontro com que contou também com a participação de representantes de outras secretarias para “Discutir estratégias conjuntas para atendimento de pessoas em situação de rua, visto que essa demanda não é só da assistência social, mas também das secretarias de saúde e de segurança pública”.

Segundo Regina, dentro do planejamento proposto, a questão da Rodoviária teria prioridade. A novidade, segundo ela, será a implantação no local de um “Serviço de Abordagem Social”, com equipe composta por assistente social, psicólogo e educador social. “Essa equipe fará a abordagem in loco dos ‘trecheiros’ que desembarquem na rodoviária, evitando que se instalem na cidade. Fará também, abordagem sistemática com as demais pessoas espalhadas pela cidade, para que deixem de ocupar a rua e aceitem alternativas, como por exemplo, voltar para a cidade de origem”, esclareceu.

 

Alívio

 

Usuários e comerciantes da Rodoviária receberam com alívio as medidas. O comerciante Ailton de Souza Pinto, que explora o serviço de lanchonete no local disse que a presença dos moradores causa constrangimento aos usuários. “Promovem sujeira, ficam abordando as pessoas em busca de dinheiro e colocam pertences no corredor que dá acesso aos sanitários”, relatou.

Antes da remoção, a reportagem da GAZETA conversou com alguns desses moradores. Segundo eles próprios mencionaram, cerca de 11 pessoas esteavam dormindo no local há pelo menos um mês, além de três cachorros. Um moradora que se identificou como Fernanda, disse que tem familiares aqui na cidade, mas que foi colocada para fora de casa porque tem problemas com álcool.

J.M.B, também de Itapira, disse que gostaria de ser internado em uma clínica de recuperação. “Queria deixar essa vida”, afirmou. Disse que quando foi levar esse seu desejo para uma assistente social da prefeitura, teve como proposta uma passagem de ônibus para Mogi Guaçu. Um outro que estava no local no momento, que se identificou como Gilmar, de 30 anos, contou que veio de Pouso Alegre (MG), pegando passagem pelas cidades que encontrou pelo caminho. “Aqui parei, aqui fiquei”, contou.

Até semana passada eram cerca de 11 moradores que faziam da rodoviária local de abrigo

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