Gazeta Itapirense

Projeto de Escola em Tempo Integral patina na cidade

O governo estadual anunciou na última terça-feira(13) que até 2022, vai abrir novas 778 escolas do Programa de Ensino Integral (PEI). Um salto significativo se for considerado que em 2018 eram 364 escolas com este modelo, criado a partir de 2012.

Conforme aquilo que foi divulgado, a ideia é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de ensino fundamental e ensino médio. Com as novas adesões, o PEI estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

Aqui em Itapira o projeto empacou. Recentemente, a comunidade de três escolas (Cândido Moura, Caetano Munhoz e Antônio Caio) discutiu o processo de implantação, realizando a consulta com os pais de alunos, cuja aprovação define a mudança. Em todas elas, a implantação foi rejeitada.

A comunidade da escola Antônio Caio discutiu recentemente a implantação do modelo

A GAZETA apurou que professores fizeram muita pressão sobre pais de alunos, praguejando contra a Escola em Tempo Integral. Uma professora ouvida pela reportagem, disse sob condição de anonimato, revelou que principalmente aquelas colegas que dão aulas também na rede particular foram as mais ativas neste processo de trabalhar contra a implantação. “Como a escola em tempo integral exige também dedicação exclusiva dos professores, eles teriam que abrir mão das aulas nas particulares”, destacou.

 

Vento em Popa

 

Por outro lado, as duas escolas da cidade que possuem a estrutura do Programa de Ensino Integral (PEI) vão de vento em popa. A primeira que recebeu o processo de transformação foi a Benedito Flores de Azevedo, localizada no bairro Pé No Chão. “Sou suspeita para falar. A comunidade aprovou a escola em tempo integral. Os resultados são visíveis e expressivos”, comentou a atual diretora, Patrícia Helena Toledo Adorno. Três anos depois, o total de alunos matriculados, saltou de cerca de 100 para 339 atuais, ensino médio e ensino fundamental.

A Escola Orlando Dini, no bairro José Tonolli, que vai completar um ano de funcionamento em agosto próximo, já começou operando como escola de período integral, para o ensino fundamental até 14h00 e a partir daí (com sete horas ininterruptas) para o ensino médio. A Valéria Cristina Pereira Batista comentou que o processo foi muito bem assimilado pela comunidade escolar e que a expectativa é “por um processo de evolução contínua”.

 

 

Compartilhe
error: