Gazeta Itapirense

Polícia Civil instaurou inquérito antes do caso de zoofilia ganhar repercussão

Após a divulgação da notícia do caso de zoofilia ocorrido no bairro dos Prados, muitas postagens nas redes sociais levaram o cidadão a questionar o posicionamento da Polícia Civil local, em especial do delegado Titular Anderson Cassimiro de Lima.

Como as mídias sociais é um mundo sem lei que aceita qualquer coisa, o fato do delegado não ter acompanhado a comitiva que foi até a casa do acusado levantou críticas.

Para lá rumaram naquele dia 06 de abril o deputado estadual Bruno Lima, as vereadoras e defensoras da causa animal Maísa Fernandes e Sônia Modena (Mogi Mirim) e a agente da Patrulha Ambiental Anita.

Hoje pela manhã levamos estas dúvidas até o delegado Anderson Cassimiro, que prontamente respondeu: “tudo que era minha parte fazer eu fiz. Ouvi a família, ouvi o acusado, juntei provas nos autos e instaurei inquérito, que depois foi enviado para o Ministério Público”, explicou.

Questionado se não seria possível a prisão do acusado naquele momento, o delegado respondeu “que zoofilia é um termo médico descrito pelo Código Nacional de Doenças, e que as ações decorrentes de zoofilia ensejam a aplicação do Artigo 32 da Lei de Proteção dos Animais, ou seja, maus tratos. O acusado poderia ser preso por maus tratos caso tivesse sido detido em flagrante. Naquele momento, ou seja, dias após os atos flagrados em vídeo, não existia mais a situação de flagrante, por isso não ocorreu a prisão”, explicou.

“Eu não posso sair prendendo todo mundo por pressão popular, sei que o caso é gravíssimo, mas não posso atropelar a Lei, a Polícia Civil trabalha conforme a Lei determina”, disparou

O delegado finalizou a entrevista se colocando à disposição de quem tiver algum tipo de dúvida em relação à sua atuação no caso: “estou aqui na delegacia todos os dias, se alguém das ONG’s de defesa dos animais ou qualquer cidadão quiser explicações, é só me procurar”.

Família fez B.O.

A GAZETA conseguiu apurar ainda que a esposa do acusado e dois filhos dele foram até a Delegacia de Polícia no dia seguinte de quando o caso ganhou a mídia.

Foi efetuado um Boletim de Ocorrência por invasão domiciliar contra o deputado Bruno Lima e as vereadoras Maísa Fernandes e Sônia Modena

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