Gazeta Itapirense

Período mais seco mal começou e Ribeirão da Penha já definha

Impressiona neste período do ano a calha do Ribeirão da Penha com pedras à mostra. O leito seco abaixo da estação de captação de água do SAAE na avenida dos Italianos sinaliza tempos difíceis pela frente. Se for repetido o padrão ocorrido no ano passado – quando a partir de abril foram seis meses sem praticamente nenhuma chuva – a cidade deverá enfrentar problemas com relação ao abastecimento de água mais cedo neste ano.

Em novembro do ano passado, pela segunda vez na história (a primeira foi em 2014) o SAAE fez transposição do tanque da fazenda Santa Bárbara para o Ribeirão da Penha, para contornar a situação crítica enfrentada naquele momento e evitar uma crise no abastecimento de água para a população.

Meteorologistas dos diversos organismos têm alertado que poderemos repetir neste ano 2014, o ano da grande seca e da pior crise hídrica vivida pelo estado de São Paulo em décadas. Os números dão razão a esta desconfiança. Em abril deste ano, choveu muito pouco em Itapira: 6,2 mm. A média do mês, segundo registros do SAAE, é de 75,0 mm.

Na área de captação, apenas um filete de água tem escorrido Ribeirão abaixo, deixando à mostra bancos de areia e pedras

O último dia com registro de chuva foi em 07 de abril com pouco mais de 5,0 mm. Em abril do ano passado choveu pouco mais de um milímetro, que é quase nada. A diferença do ano passado, para 2021, é que no primeiro trimestre o acúmulo de chuvas foi de mais de 700,0 mm. No primeiro trimestre deste ano choveu menos da metade do que no ano passado, com cerca de 360,0 mm.

SAAE

A direção do SAAE informou que acompanha a situação muito de perto. O atual presidente da autarquia, engenheiro Carlos Vitório Boretti de Ornellas, desde que assumiu o cargo em janeiro deste ano, vem mantendo contato com a iniciativa privada, sobretudo com o setor ceramista, para ter acesso à água armazenada em grandes tanques de propriedade destas empresas. O SAAE estima que juntos, estes reservatórios, teriam capacidade de fornecer cerca de 500 mil metros cúbicos de água, com sua transposição para o Ribeirão da Penha, quantidade, suficiente, segundo estudos do SAAE, para fazer frente a pelo menos cinco meses de crise.

 

 

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