Gazeta Itapirense

Paineira com décadas de vida esbanja beleza perto do Itapirão

Bem no meio do quarteirão da rua Rua Pedro Gomes de Oliveira uma paineira quase secular se transformou no cartão postal da região que fica ao entorno no Ginásio de Esportes Itapirão.

É do alto de sua copa que a árvore ‘assiste’ o dia da cidade há quase um século, ou quem sabe, há mais tempo ainda.

Esta é a dúvida que está também na cabeça do proprietário da área onde a paineira rosa está, o aposentado José Roberto Destro.

Hoje a velha paineira está sem flores, mas continua bela

“Há quem diga que ela já passou dos cem anos, outros falam que está perto disso, mas a verdade é que ela faz parte da minha vida e de minha família há muitos anos”, contou Zé Destro.

Ele lembrou que sua esposa mudou para a região há 60 anos e a árvore estava lá, firme e forte, dona do pedaço.

Na época da florada, vira cartão postal

Quando casou, na década de 80, Zé Destro passou a conviver mais intensamente o dia a dia da frondosa figueira. “Esta árvore atrai muitos pássaros, que procuram nela sua refeição (as sementes das painas) e até filhotes de outras aves”.

Destro explicou que as espécies periquitão, urubu, tucano e gralha costumam se alimentar dos filhotes de aves menores.

Por sua vez a paineira abriga também a sabiá parda, sabiá do campo, canarinho terra, sanhaço, rolinha, pardal, rolinha, pomba, coleirinhas, entre outros. Ela dá o descanso merecido para as aves no final do dia.

Zé Destro e ao fundo o seu xodó em forma de árvore

O ciclo de vida da paineira chama a atenção também: entre março e junho as folhas caem e ela fica toda ‘pelada’; a partir de setembro começa o período de brota e em seguida a floração.

É nesta época que o cenário se transforma e a rua serve até para fotos.

Do fruto da paineira sai a famosa paina, tão usada antigamente para a confecção de travesseiro.

Não podemos esquecer que a árvore oferece uma sombra gigantesca que muitas vezes é usada para um cochilo de pessoas que trabalham pela cidade e param por ali.

Pequeno paraíso

Zé Destro tem aos pés da velha paineira um pequeno pedaço do paraíso. É nesta área que ele cuida de sua ‘horta urbana’.

“Há cinco anos comecei a plantar em um pedaço de terra aqui do terreno e não parei mais. É muito melhor você ter produtos fresquinhos, colhidos na hora e sem veneno”, disse Zé Destro.

Ali tem de tudo um pouco: alface, cheiro verde (cebolinha e salsinha), almeirão, pimentas, temperos, mamão, couve e até uma parreira na parede repleta de mini pepino.

Produtos orgânicos saem direto da ‘horta urbana’

Ao redor da horta passarinhos têm casinha para procriar, ‘piscina’ e cocho de ração. “Tudo feito por mim”, orgulha-se Destro

Furtas exóticas como jambo e jaca dividem o espaço com pés de limão vinagre e jabuticaba.

Trocando em miúdos, a bela paineira é o cartão de visita de um local paradisíaco situado na região de ‘cima’ da rua 24 de Outubro.

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