Gazeta Itapirense

OLHO POLÍTICO: Tempestade perfeita

O planeta ainda não está seguro sobre o fim da pandemia. A variante delta e a possibilidade de outras variantes, ainda desconhecidas, não deixam a economia destravar completamente. A queda das ações das commodities está derrubando a bolsa brasileira. Os juros futuros cobrados pelos grandes investidores, aqueles que emprestam dinheiro ao Brasil alcançaram nesta semana as taxas de dezembro de 2018. A pandemia tem parte da responsabilidade, mas como se vê, não está agindo sozinha.

O Brasil é pródigo em antecipar o processo eleitoral, mas nunca uma campanha começou tão cedo. De um lado as ações governamentais de Bolsonaro, do outro, Lula buscando adesões e fustigando o governo a tomar decisões, algumas temerárias, em busca de popularidade, como aumento dos gastos e retardamento das reformas estruturantes, afugentando investidores internacionais. Como se não bastasse, Jair Bolsonaro vem criando, sistematicamente, crises institucionais, ora com o Congresso, ora com o Poder Judiciário.

Estamos diante da chamada tempestade perfeita, num país que enfrenta problemas como o desemprego, a carestia, a fome, a crise hídrica, desmatamento… Temas onde o governo federal deveria estar depositando todas as suas energias em busca de soluções, mas prefere criar manchetes para agradar parte do seu eleitorado. Um governo que governe: é só o que todos os brasileiros esperam.

 

Foto “Perfect storm”, Shutterstock.

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