Gazeta Itapirense

Nossa História: A nobre arquitetura de Vitório Coppos

Há certas pessoas das quais não se esgotam os comentários e é sempre muito prazeroso falar sobre elas, sobretudo quando estas são guarnecidas de grandes criações que marcaram sua presença em nosso meio.

Se a imortalidade se deve às obras realizadas pelos homens durante sua permanência na terra é óbvio que esta mesma imortalidade deve sua perpetuação aos dignos cidadãos que posteriormente estarão presentes nos caminhos traçados por aqueles que anteriormente deixaram gravadas as marcas de sua passagem por este solo.

Vitório Coppos é um desses homens que, através de suas maravilhosas obras arquitetônicas, deixou inúmeras marcas espalhadas pelas ruas e logradouros de nossa cidade.

Lamentavelmente essas criações não trazem o nome do criador estampado em suas fachadas para identificação de seu idealizador. Quanto ao desrespeito por essas verdadeiras obras de arte, qualquer comentário seria dispensável.

Basta uma rápida olhada em algumas das fotos que trazemos nesta edição e qualquer leigo, ainda que não seja apreciador de raridades, descobrirá que as descaracterizações são uma constante nas construções e monumentos o que, certamente, significa uma lamentável perda nas nebulosas etapas de nossa história ainda que recente.

Estão catalogadas entre as obras de Vitório Coppos muitas raridades que permanecem em pé e mantém sua forma original. Algumas sofreram pequenas alterações enquanto outras tornaram-se verdadeiras aberrações.

Entre as inúmeras criações deste gênio da arquitetura, que por vezes já trouxemos ao conhecimento dos leitores, podemos citar mais alguns como o antigo Centro Espírita Luiz Gonzaga, localizado na Rua Dr. Francisco da Paulo Moreira Barbosa, com a belíssima balaustrada que o circunda; o grandioso Instituto Américo Bairral; o obelisco na entrada da Loja Maçônica Deus, Justiça e Caridade, que fica na Rua Rui Barbosa; a glamorosa mansão Galdi, na Rua Sete de Setembro; todo garnecimento de escultura interior da Sociedade Operária, que já não existe mais; e ainda a obra maior que seria o esplendoroso Clube XV de Novembro com sua imponente fachada original.

Certamente outras tantas obras por ele criadas e que por terem menor expressão, mas nem por isso desvalorizadas, passam despercebidas neste universo de construções que compõem a nossa cidade. Destacam-se aquelas que estão, enquanto mantidas na sua forma original, sustentando a imortalidade do artista Vitório Coppos formado engenheiro no ano de1912 pela Escola Livre de Engenharia de São Paulo. (Pesquisa: “O Livro de Itapira – Cenas da História de Uma Cidade” de Odette Coppos)

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