Gazeta Itapirense

Mais de um ano depois de entregue, Caami continua sem uso pela Prefeitura

 

Em 13 de novembro passado completou—se um ano da entrega do CAAMI (Centro de Acolhimento de Animais de Itapira), um departamento criado pelo ex-prefeito José Natalino Paganini, conforme sugere o próprio nome, para melhorar as condições de acolhimentos a animais domésticos abandonados e ou, vítimas de maus tratos.

Apesar do município ter investido na ocasião mais de meio milhão de reais (R$ 480 mil de recursos do governo estadual via emenda parlamentar do deputado Barros Munhoz e outros R$ 150 mil de recursos próprios), as instalações nunca foram utilizadas.

A GAZETA questionou a prefeitura dos motivos deste desinteresse em utilizar o local, mas até agora não recebeu resposta. Logo no início da atual gestão do prefeito Toninho Bellini, um colaborador da atual administração tinha afirmado para a reportagem que o prédio apresentava problemas estruturais e teria que passar por uma readaptação.

O mais curioso nesta história é essa colocação deixa em situação no mínimo desconfortável ao atual Secretário de Obras, o engenheiro Antônio Carlos Andrigo Ferreira, o qual, exercia a mesma atribuição no final do segundo mandato de Paganini, e a quem cabia fiscalizar obras executadas por empreiteiras, como foi o caso da construção do CAAMI.

 

 

Diferenças Políticas

 

O que fica cada vez mais evidente é que o equipamento que nunca foi entregue por causa das diferenças políticas alimentadas pelo atual grupo do prefeito Toninho com relação a tudo aquilo que foi conseguido pelo deputado Barros Munhoz, independentemente se esse tipo de conduta prejudique a população. Um arguto observador da cena política local afirma que Bellini age de forma a apagar todas as marcas da administração anterior. “Neste caso, particularmente, tem a agravante de Bellini ter uma aliada na Câmara sabidamente ligada à causa animal (a vereadora Maysa Fernandes) e não vai deixar os louros da iniciativa recaírem sobre a ex-vereadora professora Marisol, aquela quem de fato lutou para a construção deste espaço e que é do grupo político de Munhoz”, argumentou.

 

Castramóvel

 

Outro projeto abandonado pelo atual prefeito e que tinha sido deixado pronto para ser executado por Paganini foi o “projeto Castramóvel”, pelo qual a prefeitura realizaria castração de fêmeas de cães e gatos de graça para a população. Também este projeto tinha as digitais de Marisol, que conseguiu via recursos do governo federal uma veículo equipado para realizar as castrações de forma itinerante nos bairros.

Paganini havia deixado pronta uma licitação pronta para a contratação de castrações, processo esse que acabou sendo, sem qualquer explicação, rescindido pela prefeitura na atual administração. O veículo do castramóvel, que ficava guardado no pátio da Prefeitura, segundo consta, foi levado para o terreno onde funciona o almoxarifado da prefeitura e continua lá até hoje, sem nunca ter sido utilizado.

Como se costuma dizer, a vingança é um prato que se serve frio. Pessoas que são familiarizadas com o ambiente político local lembram que Marisol integrou o grupo político do atual prefeito, antes de aderir ao projeto político do deputado Barros Munhoz, tornando-se na Câmara Municipal, o fiel da balança em favor do ex-prefeito Paganini, em sua segunda gestão; algo que Toninho Bellini, segundo este mesmo raciocínio, jamais perdoou.

A GAZETA procurou a professora Marisol para se manifestar a respeito do assunto. Ela disse que pelo menos por enquanto, prefere manter silêncio. Mesma postura adotada pelo ex-prefeito Paganini, que tem reiterado por diversas vezes que que já encerrou seu ciclo na atividade política e que a prioridade agora é dedicação integral no trabalho de gestão de sua empresa, a Brind-Art.

Também o projeto do Castramóvel foi abandonado pelo atual prefeito

 

 

 

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