Gazeta Itapirense

Justiça aplica cana dura para envolvidos na morte do PM Alan Melo

Somadas as penas dos criminosos, o total atinge quase 250 anos de prisão

 

A Justiça local sentenciou no último dia 19 de maio, os 07 acusados de envolvimento no assalto a um trailer dentro do recinto Agropecuário “Carmen Ruete de Oliveira”, no dia 29 de julho de 2019, que resultou na morte do soldado PM Alan de Souza Melo, de 29 anos, tiveram sentença proferida no Fórum local no último dia 19 de maio, pela Juíza Helia Regina Pichotano.

Todos os réus foram condenados por latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores. São eles: Bruno Malagueta (44 anos, 10 meses e 24 dias – a maior pena), Leonardo Augusto Teixeira (38 anos, 7 meses e 16 dias) e Mary Ellen Adorno, Felipe Ferreira, Natalie Maria Ferreira Eduardo, Lucas Souza Pereira e Vitor Eduardo Alves, todos eles sentenciados a 33 anos, 05 meses e 10 dias. Um outro participante, segundo investigação da polícia, Marcelo Guslafer, morreu baleado em março de 2020 em uma tentativa de assalto na zona rural de Estiva Gerbi. A GAZETA apurou que a defesa de Felipe Ferreira conseguiu um habeas corpus para que ele responda em liberdade ao processo.

O caso teve grande repercussão à época. Era madrugada de segunda-feira, 29 de julho, depois do encerramento daquela conturbada Festa do Peão, quando a quadrilha (a maioria dos envolvidos era de Mogi Guaçu) rendeu ocupantes de um trailer para roubar um malote, com cerca de R$ 80 mil.

O solado Allan, que estava de folga no local, percebeu a ação dos bandidos e tentou impedir o roubo. Acabou sendo baleado, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito, fato este que ganhou as manchetes dos principais meios de comunicação da nossa região.

O PM Alan morava em Itapira e era muito querido pelos amigos e familiares

A Promotora de Justiça, Patrícia Taliatelli Barsottini, que ofereceu a denúncia contra os acusados, disse que apesar de entender que a sentença aplicada corrobora com o sentimento de Justiça, lamentou a perda irreparável da vítima. “Nada substitui uma vida ou a dor dos familiares, mas no âmbito do sistema de justiça, e dentro do que é estipulado pela nossa legislação penal, entendo que a sentença condenatória atendeu às expectativas do Ministério Público e aplicou pena justa aos denunciados, diante da gravidade do crime cometido”, declarou.

 

Trabalho Profissional

 

A GAZETA ouviu também o investigador de Polícia Daniel Portilho, que à época coordenou os trabalhos de investigação que resultaram rapidamente na detenção dos acusados. Daniel também seguiu a linha da Promotora Patrícia, afirmando que apesar de ficar feliz com a ação da Justiça, disse que nada pode substituir a presença do ex-policial no seio de seus familiares e amigos. “Fica sempre uma lembrança muito negativa para os familiares”.

Ele disse que o trabalho feito à época foi “muito profissional” e elogiou também a participação dos colegas da Polícia Militar na elucidação dos fatos. “Eu me congratulo com todas as pessoas que atuaram no esclarecimento, desde o início dos trabalhos, os colegas da Polícia Civil, da Polícia Militar e também do Ministério Público que mais uma vez deu crédito ao trabalho realizado”, completou.

 

 

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