Gazeta Itapirense

Delegado alerta para ‘golpe do cartão’ que só cresce na cidade

O delegado Titular de Itapira, Dr. Anderson Cassimiro, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 25, para contar sobre a estatística cada vez mais crescente sobre os casos de estelionatos na cidade.

Entre vários golpes, o delegado apontou aquele que vem se tornando o preferido da malandragem: o do cartão clonado.

“Os estelionatários entram em contato com a vítima e falam que o cartão foi clonado, pedindo em seguida a senha e chave de segurança. Quando conseguem estes dados, eles passam um fone 0800 do banco, pedindo para a vítima ligar. O golpista coloca o fone no mudo, e a vítima liga para o 0800 indicado, só que daí outro criminoso volta para a ligação, informando que um motoboy irá até a casa da vítima para pegar o cartão”, contou o delegado.

Dr. Anderson contou que daí entra em ação mais um membro da quadrilha: o suposto motoboy do banco que foi buscar o cartão inutilizado. Ele chega na casa da vítima e pede para que a mesma corte o cartão, porém o farsante segura com o dedo a parte do chip, ficando este intacto.

Dr. Anderson Cassimiro deu dicas importantes para a população

Com o chip, senha e código de segurança em mãos, a quadrilha deita e rola na conta da vítima, com pagamentos de boletos, transferências, empréstimos e compras. Aqui em Itapira teve gente que perdeu R$ 60.000,00 neste golpe que já representa 40% dos Boletins de Ocorrências feitos na cidade.

Outro dado importante é que antigamente as pessoas mais idosas eram as ‘preferidas’ dos vagabundos, mas hoje o crime alcança todas as idades, classes sociais e grau de escolaridade.

“O que a população tem que ter em mente é que jamais os bancos ligam pedindo senha e código de segurança, muito menos mandam motoboy resgatar o cartão dos correntistas. Se alguém receber este tipo de ligação telefônica desligue, que é golpe”, garantiu o delegado Anderson Cassimiro.

Ele contou também que devido o advento da internet outros crimes se tornaram frequente também, como os que envolvem a venda de veículos, por exemplo.

Tem também o do tiozão que recebe uma ‘cantada’ de uma ninfeta menor de idade seja no Facebook ou no Instagram.

O cidadão acaba se achando o Brad Bitt da Baixa Mogiana e manda nudes para a suposta gatinha. Aí a quadrilha deita e rola, começando a ameaçar o ‘galã’, dizendo que vai tornar público os nudes e o que é pior, que vai denuncia-lo por pedofilia.

Os criminosos pedem dinheiro para que o caso não venha à tona e, muitas vezes, conseguem finalizar o golpe com sucesso.

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