Defesa Civil antecipa preparativos da “Operação Estiagem”

A Secretaria de Defesa Social do município, por intermédio da Defesa Civil, já se prepara para fazer frente à chegada do período de estiagem, que tem se apresentado cada vez mais prematuramente nos últimos anos. O titular da Secretaria de Defesa Social, coronel PM aposentado Antônio José Rodrigues Gonçalves de Almeida, o Coronel Almeida, e o coordenador da Defesa Civil de Itapira, agente Ronaldo Ramos Silva, conversaram nesta quinta-feira, 15, com A GAZETA na sede da Defesa Civil e detalharam as ações que já começam a ganhar forma.

Segundo o Secretário, diversas ações começam a ser colocados em prática dentro daquilo que definiu como “um plano de ação” que tem a pretensão de envolver toda a comunidade local. “Realizamos o mapeamento dos pontos mais críticos conforme demonstram registros e ocorrências dos anos anteriores e vamos programar uma visita aos proprietários destas áreas para que deem sua contribuição”, avisou Almeida.

Ronaldo Silva informou que 2020 foi um dos anos com maior número de focos de incêndios, com 397 ocorrências (mais de uma por dia), o que dá uma ideia do desafio que espera pela equipe. Ele informou que basicamente as autoridades irão solicitar aos proprietários de terra que adotem medidas mitigadoras como por exemplo, construção e manutenção de aceiros – faixas ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo, com a finalidade de se evitar a passagem do fogo para área de vegetação, evitando-se assim queimadas ou incêndios.

Pandemia

Por causa da pandemia, uma ação muito eficaz deixa ser realizada, que consistia na visita in loco a propriedades rurais, onde a equipe da Defesa Civil realizava treinamento para funcionários das propriedades ou assentamentos de terra, ensinando as pessoas como agir em caso de emergência. “Vamos procurar suprir a ausência física com distribuição de material informativo. Muito importante ter a conscientização e o apoio da sociedade neste tipo de iniciativa”, disse o Secretário. Ronaldo Silva lembrou que muitas das ocorrências mais graves atendidas no ano passado começaram com queima de folha e lixo em chácaras de veraneio. “Por isso que digo que temos que priorizar um trabalho de orientação e conscientização das pessoas, para que possam nos ajudar neste esforço”, reforça Coronel Almeida

Estrutura

A estrutura de apoio imaginada vai contar com a ajuda de outras Secretarias, principalmente a de Serviços Públicos, que dispõe de dois caminhões tanques, além de máquinas que podem ser usada para abrir caminho para as equipes. “A questão de termos meios necessários para chegar às áreas de ocorrência, é essencial. Jamais tomarei qualquer decisão que implique em colocar em risco a segurança dos nossos colaboradores”, asseverou.

A guarnição do corpo de Bombeiros de Mogi Guaçu, Defesa Civil do Estado de São Paulo e empresas da cidade que dispõe de brigadas de combate a incêndio, compõe outra frente importante de ajuda nas operações. “A Defesa Civil do governo de São Paulo nos ajuda com o monitoramento dos níveis de umidade relativa do ar, algo imperativo para que possamos monitorar as condições que favorecem o surgimento das queimadas”, destacou Ronaldo.

A ajuda pode vir também das empresas NB, Penha S/A (na área urbana) e do Laboratório Cristália, Cargil e Intervias em ocorrências mais distantes. Outra medida ventilada por Coronel Almeida é o reforço de pessoal, aumentando o número de colaboradores e de equipes. Indagado se está no radar da pasta concurso para contratação de novos agentes, ele afirmou que sim. “O atual estado de pandemia coloca restrições neste momento à abertura de novos concursos para contratação de servidores. Mas, não tenha dúvida de que no devido momento iremos conversar com o prefeito Toninho Bellini para que avalie esta necessidade”, ponderou.

Bombeiros Voluntários

A GAZETA quis saber também qual será o papel dos bombeiros voluntários. Coronel Almeida informou que a prefeitura já cuidou para que o efetivo fosse formalmente vinculado à Secretaria de Defesa Social, ou seja, passa a atuar obedecendo diretrizes da pasta. “Teremos uma padronização nas ações do grupamento no sentido de atuar como importante linha auxiliar da nossa Defesa Civil. Dentro do nosso plano de prevenção e combate às queimadas e incêndios, os bombeiros voluntários serão de extrema importância”, arrematou o secretário.