Gazeta Itapirense

CPI presidida por Munhoz focaliza risco de dano ambiental irreversível

 

Em seu sexto mandato como deputado estadual, e caminhando para 50 anos de vida pública, o deputado estadual Totonho Munhoz acaba de receber uma atribuição inédita em sua longeva carreira política. Foi escolhido por seus pares para presidir na Assembleia Legislativa de São Paulo a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Cava Subaquática.

O nome que parece ter saído dos livros de ficção científica, refere-se a um equipamento construído em meados da década de 1970 no estuário que liga Santos à cidade de Cubatão, uma espécie de cratera com dimensões abissais (25 metros de profundidade e 400 metros de largura), projetada e construída para receber o rejeitos ambientais do início da exploração do Polo Industrial de Cubatão. Os sedimentos depositados nela – alguns com elevado nível de toxidade –  estavam no fundo do canal de Piaçaguera, cuja navegabilidade foi ampliada.  Estima-se que no local estejam armazenados cerca de 2,4 bilhões de litros de sedimentos tóxicos

A iniciativa partiu do deputado Paulo Corrêa Jr (DEM) cuja base eleitoral se concentra nos municípios do litoral sul paulista. Presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais (CAMM) e autor do requerimento, ele disse que o objetivo é prezar pela proteção ambiental, já que o assunto vem gerando, segundo seu entendimento, dúvidas na população da Baixada Santista. Existe a desconfiança de que o equipamento represente um risco parecido, comparativamente, ao que aconteceu em Brumadinho e Mariana em Minas, só que com consequências inimagináveis ao ambiente marinho, colocando em risco toda costa brasileira, a partir do litoral paulista.

 

Resultados

Falando à TV Alesp na quinta-feira, Munhoz manifestou sua expectativa com relação ao andamento da CPI e dos resultados que ele espera que sejam alcançados. Disse que considera pertinente os motivos da instalação da Comissão. “Precisamos saber qual o ponto de impacto para o meio ambiente e para a população. Conhecer as técnicas utilizadas em sua construção. Quais foram os malefícios eventualmente provocados, quais os benefícios provocados? Se existe alguma coisa errada ou não. Se existe, propor o conserto. Ou então simplesmente reconhecer que a coisa é correta e nada há a se condenar”, discorreu. A CPI terá quatro meses para apresentar seus resultados.

Munhoz foi inquirido sobre da instalação da CPI durante entrevista à TV ALESP

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