Gazeta Itapirense

Com receio de protesto, Bellini fecha rua da Prefeitura

Uma cena curiosa foi notada pelos mais observadores no final tarde desta quinta-feira. O trecho da rua João de Moraes, na esquina com rua 15 de Novembro, onde funciona a sede do Poder Legislativo, foi isolada pouco antes do início da sessão ordinária programada. Uma viatura da Guarda Municipal com dois agentes permaneceu o tempo todo em frente à Câmara.

A assessoria de comunicação da Câmara Municipal informou que a vereadora Elizabeth Manoel, presidente da Casa de Leis, disse que não partiu dela qualquer pedido neste sentido e que a ação deveria ter partido da prefeitura.

A GAZETA apurou que existia a possibilidade de uma movimentação de lideranças religiosas ligadas a algumas denominações evangélicas que pretendiam pressionar os vereadores para que intercedessem junto ao prefeito Toninho Bellini para que flexibilizasse regras do Plano São Paulo que impedem o funcionamento de templos religiosos, ao menos neste final de semana.

Ainda conforme apurou a reportagem, Bellini teria recebido na tarde desta quinta-feira uma comissão destes pastores e teria argumentado que não poderia atender um pedido desta natureza. Entre os argumentos apresentados pelos religiosos havia a promessa de que seria aplicado um protocolo ainda mais rigoroso de segurança do que aquele que vinha sendo respeitado antes da decretação da “fase roxa”. Mas não colou.

Via foi fechada por medo de protestos: prefeito e vereadores estão com medo do povão

Precedente

No caso específico da Câmara, existe ainda o precedente da recente manifestação realizada no dia 11 de março por transportadores de estudantes da rede municipal, que desagradou a alguns vereadores pela forma ostensiva com que foram abordados na entrada do prédio da Câmara. O fechamento da rua no momento da sessão desta quinta teria sido motivado também pelo desconforto causado pela manifestação anterior.

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