Coluna Conversa de Botequim – Bar do Guerino no Cubatão
A coluna ‘Conversa de Botequim’ aportou esta semana pelas bandas do bairro do Cubatão, região rica em botecos raízes e tradicionais, entre eles o Bar do Guerino.
Quem nos recebeu foi Guerino Brianti, dono do icônico estabelecimento situado na principal via do pedaço, a rua do Cubatão. Ao chegar pelo local dá a sensação de que você entrou numa máquina do tempo.
Pelas prateleiras antigas de madeira tem de tudo um pouco: rádios da década de 60, gravador, telefone a disco, vídeo cassete, aparelho de DVD, cigarro de palha,gaiolas vazias, pneu de carrinhola de pedreiro e muitas, muitas bebidas, algumas com mais de 40 anos que estão por lá.
“Estou aqui há 43 anos desde a época que era um armazém de secos e molhados do meu saudoso pai. Se somar a história desde esse tempo dá mais de 80 anos. Depois os supermercados cresceram e aqui acabou transformando em bar”, lembrou o simpático Guerino. Ele tem até as placas do antigo armazém guardadas.
Enquanto conversa com a gente Guerino contou que seu bar recebe gente da cidade inteira.
Entre as bebidas, destaque para as cachaças aqui da terrinha que fazem sucesso lá, a Bazani, do Barão, Tonolli e Yapira. “Não tem pra ninguém, elas são as preferidas”.
Mas ele tem outras opções, como uma caipirinha de pinga com limão, Cinzano, Jurubeba, run, vodka, e por aí vai, até onde o fígado do leitor aguentar. Pra dar aquela beliscada junto com um ‘suco de cevada’ tem porções de queijo, salame, amendoim e linguiça defumada naturalmente.
O Bar do Guerino é um dos poucos que abre 365 dias por ano, isso mesmo, em todos dos dias da ‘folhinha’ ele está atrás do balcão para atender sua clientela cativa, inclusive na Sexta-Feira Santa, quando ocorre o ritual do ‘Fecha-Corpo’ que atrai uma multidão de Itapira e região.
“´Minha vida é aqui dentro, dos 16 anos até hoje, com 62 anos, é o que sei fazer, o que aprendi a fazer, o que o mundo me ensinou. Criei minha família atendendo meus cliente-amigos”, finalizou.