Gazeta Itapirense

Casos de covid diminuem na cidade, mas internação segue em alta

Números divulgados pela Secretaria de Saúde do Município demonstram que tem diminuído o total de novos casos de covid no município, seguindo uma tendência registrada em todo estado de São Paulo. A diferença, contudo, é que em Itapira os casos de internação não arrefeceram. Continuam elevados, pressionando tanto o Hospital Municipal, quanto a Santa Casa.

Um comparativo entre os 10 primeiros dias de junho, com os 10 primeiros dias de julho mostram que no mês passado foram registradas 1.407 novas notificações, das quais, 409 com relato de infecção. Neste período, mais especificamente em 11 de junho, foi batido o recorde de registros positivos num único dia, 111. Julho começou com 21.160 registros e chegou a 22.170 no dia 10, sábado passado, 940 a mais. O total de casos confirmados era 8.549 no primeiro dia do mês e chegou a 8.867 no sábado, 318, ou seja, 91 casos a menos do que o mesmo período do mês passado.

No domingo, foram registrados apenas 11 casos novos em 24 horas, menor número diário desde 25 de maio, quando foram anotados 13 pacientes com infecção.

 

Internações

 

Por outro lado, a situação nas enfermarias e no atendimento de UTI tanto da Santa Casa, como do Hospital Municipal não teve neste período nenhuma folga. O total de pessoas internadas num único dia chegou ao ápice dia 14 de junho com 66 pacientes, começou o mês com 55 e chegou no dia 10, sábado passado a 49.

Da mesma forma UTIs e enfermarias permanecem lotadas. A situação da Santa Casa é comparativamente falando um pouco melhor, já que o número de pacientes tem demonstrado declínio desde o final do mês passado. Começou o mês com 55,5% de ocupação (05 pacientes) e chegou a 88% no sábado (08 pacientes). Já no HM, o mês começou com taxa de ocupação de 107% na enfermaria (30 pacientes) e 93% ((15 pacientes num total de 16 vagas) em ambiente de UTI. No sábado, a Santa Casa mantinha a mesma projeção em sua UTI do que registrado no começo do mês, enquanto que no HM, a taxa de ocupação na UTI era de 100% e 75% na enfermaria.

 

UTI X ENFERMARIA

Para o atual Secretário de Saúde Vladen Vieira, essa relação entre ocupação de vagas na enfermaria e na UTI é essencial para se entender o que está se passando. Segundo ele, “A transmissibilidade é muito rápida, mas a cura do paciente é demorada”.

Vieira explica ainda que os pacientes da enfermaria, sobretudo aqueles em pior situação, são imediatamente transferidos para UTI no caso de óbito ou alta de algum paciente, não dando tempo para que haja uma queda na ocupação. “Ao transferirmos este paciente com uma condição um pouco mais crítica mais precocemente para a UTI estamos trabalhando com a possibilidade de que ele se recupere mais rapidamente, aliviando a pressão sobre o serviço”, completou.

 

Ocupação em leitos de UTI continua alta tanto na Santa Casa, como no HM

Compartilhe
error: