Assassinato do prefeito de Campinas completa 20 anos sem solução
O assassinato do ex-prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, completa nesta sexta-feira, 20 anos sem que tenha chegado às respostas sobre autoria e motivação. Ao atingir a marca de duas décadas, o crime histórico que tirou a vida do político durante o mandato prescreve sem que o autor possa ser punido.
Aos 49 anos, o prefeito, que também era arquiteto, foi morto na noite de 10 de setembro de 2001 por um disparo que o atingiu na artéria aorta, logo após deixar o shopping Iguatemi, na Avenida Mackenzie, com destino a sua residência. Toninho havia sido eleito em 2000 pelo Partido dos Trabalhadores e estava no poder há pouco mais de oito meses quando o crime aconteceu.
Familiares acreditam que o assassinato teve motivação política. Eles se baseiam na atuação de Toninho, ao longo da trajetória de vida. Antes de ser eleito como prefeito, o petista moveu ações contra grandes empreiteiras, lutou pelo tombamento de prédios históricos em contraposição à especulação imobiliária, colaborou com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico e denunciou supostas irregularidades no contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Já para o Ministério Público, indícios apontam que o tiro que matou Toninho partiu de Anderson José Bastos, o “Ancio”, um sequestrador que integrava a quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o “Andinho”. Ancio e seus comparsas foram mortos durante uma ação da Polícia Civil em Caraguatatuba, cerca de um mês após o crime contra o prefeito. O MP não descarta motivação política para o caso, mas afirma que até hoje não foi possível chegar a indícios que apontassem para esta tese.
FB/Gazeta