Gazeta Itapirense

Afinal, quem compra toda a fiação que vem sendo furtada em Itapira?

Virou praticamente uma pandemia a ação de criminosos em busca de fiação de cobre em Itapira. Os furtos ocorrem quase que diariamente.

A forma de agir da malandragem é a mesma: estourando os relógios de força do imóvel (residencial, comercial ou industrial) e dali puxando os fios. Eles costumam ‘trabalhar’ nas madrugadas.

Quando não conseguem acesso aos relógios, os furtadores têm a pachorra de subir no poste de energia e puxar dali mesmo. Na semana passada inclusive a PM prendeu um ladrão em cima de um poste. O cara de pau tinha ferramentas especializadas e até luva para evitar o choque elétrico.

Mas a grande pergunta que toda a cidade faz quando fica sabendo de mais um furto é: mais afinal, quem compra o produto furtado?

Em busca de uma resposta, conversamos com o delegado Titular de Itapira, Dr. Anderson Cassimiro.

Dr. Anderson esclareceu pontos importantes sobre a onda de furtos

Ele começou a entrevista partindo do princípio de tudo: “só existe o furto de cabo de energia por conta do comércio desses materiais, se não tiver quem compra, não há interesse em se furtar”, destacou.

Este lado de crime tem duas vertentes, caçar o ladrão e descobrir para onde vem sendo vendido o material afanado. Segundo Dr. Anderson, a maioria dos criminosos que furtam é de usuários de drogas.

A grande dificuldade que as forças policiais vem encontrando hoje é descobrir onde a fiação furtada vem sendo guardada e qual a destinação final desse material.

O delegado destacou que desde o ano passado, e agora em 2022 também, a Polícia Civil vem intensificando a fiscalização em cima dos comerciantes de metais da cidade. O trabalho é em conjunto com a Guarda Municipal e o setor de Fiscalização da Prefeitura.

No ano passado uma operação comandada pela DIG de Mogi Guaçu, que prendeu aqui em Itapira o ‘comprador’ de tampas de bueiro do SAAE. Fora isso, nada de ilícito tem sido constatado com os comerciantes destes materiais de Itapira.

Dr. Anderson destacou que segundo informações levantadas até o momento, os receptadores estariam usando fornos rudimentares para fundir o material recolhido com os furtadores. “Esse trabalho de fundir o cobre dificulta em muito a identificação de onde foi furtado”, contou o delegado.

Ele acredita que pelo grau de organização como a coisa vem sendo feita, o trabalho não é de amador: “podemos até pensar que na parte da receptação, é uma organização criminosa muito bem organizada”.

Pra finalizar, o homem da lei deixou claro que logo o jogo vai virar: “em breve teremos novidades, não existe crime perfeito, e este não será uma exceção. Logo chegaremos a todos os envolvidos”, disparou o delegado.

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