Gazeta Itapirense

Moradores pedem reativação de poço artesiano que funcionava no Penhão

O movimento começou de maneira tímida, no “mimimi” das conversas entre parentes e amigos. E ganhou corpo nas redes sociais. Desde o final do ano passado uma enquete na internet procura saber quem simpatiza com a ideia da reativação do antigo poço artesiano, que funcionou no alto da encosta do Penhão até 2005. Uma dessas pessoas é autônomo Tiago Antônio Chieratto. Ele conta que ao lado de uma boa parcela dos itapirenses, costumava se servir da água oferecida no local. “Itapira deve ser uma das poucas cidades da região onde não existe um local para a gente pegar uma água potável”, constata Chieratto. Diz que se recorda com saudade de outros locais onde as pessoas iam pegar água e que tiveram destino semelhante ao Poço do Penhão. “A Recreativa (A Sociedade Recreativa Itapirense) manteve muitos anos uma torneira ao lado da entrada principal das dependências do clube”, ilustrou.

O poço da região do Penhão foi desativado logo depois que o atual prefeito Toninho Bellini assumiu a prefeitura pela primeira vez em 2005. A justificativa apresentada pela administração municipal foi de que se tratava de água imprópria para o consumo humano.

Durante algum tempo esse assunto foi sendo esquecido, até que com a popularização das redes sociais, ganhou uma sobrevida. Defensores da causa defendem maior transparência da prefeitura. “Acho que existe espaço para a realização de um novo exame que ateste, ou não, a potabilidade da água”, pondera Tiago Chieratto.

Outras pessoas também manifestaram simpatia pela ideia. “Todo mundo tomava. Minhas crianças cresceram tomando essa água e nunca tiveram problema algum de saúde”, conta o aposentado José Maria Pranxedes, que mora em frente ao local onde funcionava o poço. Luís Antônio dos Santos, observa ainda que o processo de desativação das instalações trouxe a reboque um retrocesso na perspectiva de crescimento e valorização do bairro.

Local onde a população pegava água e cuja desativação causa indignação 17 anos depois

 

Moradores expressaram ainda o desapontamento com relação ao sumiço do lago que existia no pé da encosta e da cascatinha, equipamentos, os quais, conferiram ao local – segundo expressiva parcela dos moradores do bairro, um conceito paisagístico inovador. Ele reclama que depois que o poço foi lacrado, os investimentos públicos naquele trecho do bairro praticamente desapareceram. “Veja o caso da iluminação. É precária. Acho que nós  merecíamos  algo melhor”, pontuou.

Essa era a cascata que descia o morro do Penhão, erradicada no rastro da desativação do poço

 

 

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