Gazeta Itapirense

Vendedor caminha 40 km por dia e se recusa a entregar os pontos

O autônomo Mário Andrade Ambrósio, de 64 anos, é uma destas pessoas, cuja resiliência pode servir de exemplo nestes tempos tão difíceis que estamos vivendo. Este mineiro da cidade de Pequeri, região de Juiz de Fora, simpático e bom de conversa, vende panos já faz 20 anos.

A vocação para oferecer e vender artigos nas ruas começou quando era mais moço e vendia balas no calçadão de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, onde morou por vários anos. Com o passar dos anos, foi aprimorando sua técnica, na mesma medida em que se mudava de uma cidade para outra.

Estabelecido em Mogi Mirim, vem a Itapira religiosamente pelo menos uma vez por semana. Disse que desce na rodoviária logo de manhãzinha e a partir daí tem o que chamou de sua “via sacra”, percorrendo ruas centrais, até atingir o bairro do Cubatão e adjacências. Jurou que por dia caminha em média 40 km para conseguir, num dia muito bom, conseguir um ganho em torno de R$ 100,00. “Itapira é uma das melhores praças que eu visito”, elogiou.

Simpático e bom de conversa, o mineirinho aprendeu a lidar também com pessoas mau humoradas

Estratégia

Barbosa disse que sua estratégia consiste na observação. “Costumo abordar a pessoa quanto está entrando, ou saindo de casa”, revelou. O medo da violência faz com que as pessoas resistam, segundo ele, em atender quando bate nas portas. “Além do que muitas pessoas porque estão em suas casas se acham no direito de ofender a gente”, afirmou. O vendedor conta ainda que é muito comum ouvir desaforos.

Indagado se nestes tempos de lojas com as portas baixadas costuma vender mais do que vende normalmente, Márcio Barbosa disse que não ajuda em nada a atual situação. “As pessoas ficam mais recolhidas em casa e como eu disse, para mim é melhor abordar a clientela nas calçadas”, encerrou.

 

 

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