“Tem que respeitar o resultado da urna”, diz general itapirense
Na última quarta-feira, 18, uma cerimônia do Quartel-General Integrado (QGI) aconteceu na cidade de São Paulo. O evento homenageava os militares mortos durante terremoto em missão no Haiti, em 12 de janeiro de 2010.
Entretanto, um discurso do General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante militar do Sudeste, vem ganhando repercussão durante as últimas horas. Embora não cite nominalmente o presidente Lula, o General afirmou que “não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”, se referindo ao Exército defender a democracia.
“Ser militar é isso. É ser profissional. É respeitar a hierarquia e disciplina. É ser coeso. É ser íntegro. É ter espírito de corpo. É defender a pátria. É ser uma instituição de Estado. Apolítica, apartidária. Não interessa quem está no comando: a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito. Isso é ser militar. É não ter corrente”, falou.
Democracia e liberdade
Segundo repercutido pelo UOL, Ribeiro Paiva também apontou que a “democracia pressupõe liberdade, garantias individuais […] e alternância do poder”. Além disso, apontou ser dever das instituições e de seus membros “respeitar o resultado da urna […] mesmo que a gente não goste”.
“E quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado”, finalizou.