Gazeta Itapirense

Promotor de Itapira participou de operação que prendeu até o delegado de Indaiatuba

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), deflagrou, na manhã desta terça-feira, 26, uma operação que desmantelou uma organização criminosa formada por policiais civis e guardas municipais de Indaiatuba para extorquir dinheiro de empresários. Entre os promotores de Justiça que estavam na mega operação, destaque para a atuação do Dr. Rodrigo Lopes, que atua no Ministério Público de Itapira.

O delegado titular do 1º Distrito Policial de Indaiatuba, José Clésio Silva de Oliveira Filho, dois investigadores, um escrivão, dois investigadores, dois guardas municipais, funcionários da Prefeitura de Indaiatuba e três advogados são investigados e foram presos durante a operação, que recebeu o nome de “Chicago”.

O MPSP, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Polícia Militar, por meio do BAEP, e a Polícia Civil, representada pela Corregedoria, cumpriram 13 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Indaiatuba e Itu.

Na Operação Chicago foram deferidas medidas de sequestro de bens móveis e imóveis, além de bloqueio de valores na casa dos R$10 milhões.

Dr. Rodrigo Lopes (segundo da esquerda pra direita) durante a coletiva de imprensa pós operação

O modus operandi consiste em invadir estabelecimentos comerciais, subtração indevida de bens e valores das vítimas com decretação de prisões abusivas, utilizando-se da atuação específica de polícia judiciária (boletins de ocorrência, inquérito, relatórios investigatórios etc.) para sustentar exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.

Mais de uma dezena de empresários foram vítimas dos crimes, em especial das extorsões, no período de cerca de um ano. A exigência de valores varia de R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima.

Para dar cumprimento às ordens judiciais, houve a mobilização de 15 promotores de Justiça, 10 servidores do MPSP, 94 policiais militares e 19 policiais civis.

A denominação da operação remete a Chicago dos anos 20 e 30, período em que gangsters governavam a cidade à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes.

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