Gazeta Itapirense

Projeto de Leitura de reinventa na pandemia

 

Um dos mais criativos e elogiados projetos sociais executados no município, o Projeto de Incentivo à Leitura – uma iniciativa da Rede Social de Itapira e da comunidade do conjunto habitacional Assad Alcici – passou por um período de provação a partir de março do ano passado, quando teve que ser interrompido por causa da pandemia do novo corona vírus.

“No mês de fevereiro (em 2020) realizamos nosso primeiro evento, igualzinho como sempre foi, boa participação principalmente das crianças e a realização da contação de história. A partir de março precisamos interromper tudo”, se recorda a articuladora Maria Aparecida Rodrigues, uma das voluntárias que trabalham no projeto.

A situação se tornou aflitiva para a maioria das pessoas envolvidas, muitas das quais, preocupadas com o impacto que esse processo de “abstinência cultural” poderia produzir principalmente nas crianças. “Criamos ao longo destes seis anos em que o projeto vem sendo executado uma cultura de incentivo à leitura que tem produzido resultados excelentes, criando de fato um público que passou a enxergar na leitura uma atividade essencial em sua rotina diária”, avalia a articuladora.

A solução encontrada foi disponibilizar um espaço que viesse a funcionar como uma espécie de biblioteca, com as pessoas emprestando e devolvendo livros e revistas de história em quadrinhos. A nova experiência começou em outubro, com resultados expressivos na opinião de dona Aparecida.

Segundo ela, o acervo do projeto possui cerca de 100 livros e revistas. A cada quinta-feira, a devolução e a requisição dos livros ocorre em dois períodos, em um espaço comunitário conhecido como Brechó Entre Amigos, localizado na rua Hermínio Frassetto, 92, no bairro Assad Alcidi. “Quem empresa um livro tem prazo de até 15 dias para devolver”, detalhou. Os horários são das 9h00 às 11h00 e das 14h00 às 16h00.

Atendimento tem sido individualizado para não gerar aglomerações

Cuidados

A articuladora informa ainda que uma preocupação central foi a de organizar um atendimento repleto de cuidados, evitando aglomerações, exigindo uso de máscara e disponibilizando álcool em gel. Outra preocupação é fazer um trabalho constante de divulgação para que a criançada dê o ar da graça no dia agendado.

Em fevereiro o projeto completa 07 anos e dona Aparecida conta que todos ficam à espera do momento da volta à normalidade. Mas que, por enquanto, o novo esquema é aquele possível e desejado. “Trabalhamos em função de uma alternativa que era a única viável para este momento.  Tem dado certo. É verdade que faz muita falta a pipoquinha (que era servida sempre no final das tardes do primeiro sábado do mês, dia da realização do projeto) e a contação de história. Mas todos nós estamos otimistas de que isso tudo logo vai passar e tudo vai voltar ao normal”, encerrou.

 

 

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