Gazeta Itapirense

Procissão de São Benedito vai voltar ao seu percurso original

A Festa de São Benedito, ou Festa de Maio para 99% dos itapirenses, está chegando. E, com sua aproximação, estão saindo do forno algumas novidades que serão implantadas sob o comando da diretora de Turismo Roniana Valentim. A principal até o momento é a volta do trajeto original da grande Procissão de São Benedito, no dia 13 de maio.

Roniana contou para A Gazeta que os últimos dias têm sido marcado por reuniões com diversos setores que gravitam no entorno da Festa do ‘Santo Cozinheiro’.

Na última sexta-feira, a equipe da Cultura se reuniu com o pessoal da Congada Mineira de Itapira para a organização dos eventos do dia 13 de maio, que neste ano retorna com antigas tradições e muitas novidades.

A maior até o momento é a volta do percurso original da Procissão de São Benedito, em parceria com a paróquia e o padre André. A procissão sai do Largo, desce a rua Comendador João Cintra, entra pela Av. Rio Branco e vai até a Estação da Fepasa, onde vira para a Orestes Pucci; em seguida acessa a rua José Bonifácio e vira para a Comendador João Cintra indo em direção ao Largo de São Benedito, onde ocorre o apogeu da festa.

Além disso, o contrato para a entrega do veículo para a Congada Mineira proveniente de uma emenda parlamentar foi assinado.

Pessoal da Congada Mineira se reuniu na Secretaria de Cultura (Foto: Divulgação)

Nesta semana, representantes das entidades se reuniram com as secretarias de Cultura e Promoção Social para o alinhamento do mapa e da montagem das barracas durante a Festa de Maio.

“Nossa missão é preservar o real sentido da Festa de Maio, uma manifestação de cultura e religiosidade que celebra a liberdade. É por isso que a Secretaria de Cultura está de mãos dadas com a Paróquia de São Benedito e com o Conselho de Igualdade Racial. Por pouco, não perdemos a essência desse patrimônio itapirense. Agora, juntos, trabalharemos com amor, carinho e dedicação para que essa celebração aconteça com segurança, fé e tradição”, disse. Roniana Valentim

O historiador Eric Apolinário destacou outra parte importante do evento: “desde o final do século XIX, a Festa de Maio buscou celebrar a liberdade. Uma liberdade que, muito provavelmente, não era para todos os ex-cativos da então Penha do Rio do Peixe, mas que os unia em torno de São Benedito e da Irmandade. Durante estes mais de cem anos, o formato permaneceu, evoluindo a cada década. Barracas, brinquedos e atrações, sempre presentes desde 1900, se adaptaram, sendo reflexo de seu tempo. Hoje, nossa missão enquanto Secretaria de Cultura, Paróquia de São Benedito, Conselho de Igualdade Racial e tantas outras pessoas que amam essa manifestação cultural e religiosa, é trabalhar para que ela seja preservada, e nunca deixar que as vozes dos antigos membros da Irmandade, ex-escravizados e tantas gerações que por ali passaram, se percam no tempo”.

Entidades assistenciais receberam a atenção que merecem (Foto: Divulgação)

 

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