Polícia Civil fecha o cerco contra o ‘golpe do seguro’

A Polícia Civil de Itapira, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG), está dando andamento a alguns casos onde proprietários de veículo simulam roubo e furto somente para receber a grana do seguro. .

O golpe já é antigo, porém ainda é prática constante, e vem aumentando nos últimos tempos na cidade.

O escrivão de Polícia Chaim explicou como funciona o golpe: “dono de um veículo, muitas vezes com o motor fundido ou veículo de difícil comércio, faz seguro e, passado algum tempo “dá um sumiço” no veículo e vem até a polícia comunicar que furtado ou roubado. Logo depois, na posse do boletim de ocorrência, o proprietário do veículo entra com o pedido de indenização junto a seguradora”.

Porém não é tão simples assim. Chaim disse que nos dias de hoje a Polícia Civil tem vários dispositivos a seu favor que ajudam a desvendar a mentira e punir aquele que tenta a fraude.

Muito comum na Delegacia de Itapira a descoberta da lambança e   quando isso ocorre, além do dono do veículo não receber a indenização do seguro, ainda ganha um processo crime nas costas.

A investigadora-chefe Lígia, do SIG, lembrou de uma caso recente onde um homem chamou a Polícia Militar dizendo que sua caminhonete havia sido roubada, no bairro Santa Bárbara.

Porém, após rápida investigação, conseguiu desvendar que o proprietário estava mentindo e que o mesmo após bater o veículo tentou acionar o seguro com a desculpa de que havia sido roubado.  O caso em questão já está elucidado sendo que o proprietário do veículo está sendo processado pelo crime de falsa comunicação de crime’ e embriagues ao volante, pois foi descoberto que ele havia ingerido bebida alcoólica momentos antes do acidente.

Por fim, Chaim ainda salientou que além do crime de ‘falsa comunicação de crime’, pode ainda o mentiroso responder por estelionato, tudo conforme o Inciso V do artigo 171 do Código Penal que diz:

“Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro

V – destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;

Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa

Chaim e Lígia ainda dão a dica para os ‘espertões’: Itapira não é um bom lugar para larápio tentar enganar a Polícia!!!”