Gazeta Itapirense

Pedro Buzo: um ícone entre os taxistas de Itapira

Ele é considerado uma referência entre os taxistas de Itapira. Pedro Buzo, 76 anos de idade e quase 30 de profissão, é um ícone nesta bonita atividade de chauffeur (chofer) de praça.

“Não existe rotina”, comentou Buzo, que para alguns é conhecido por Pedrão: um senhor de fala baixa, tranquilo e que é amante de cães, principalmente de pitbulls.

“É tanta gente que levamos pra lá e pra cá, que muitas vezes temos que usar da psicologia para atender a todos da melhor maneira possível”, observa o taxista sobre os diferentes perfis de pessoas que já transportou nestas quase três décadas de trabalho.

“Há pessoas divertidas e abertas, que gostam de conversar, que sentam no banco da frente. Mas também existem outras pessoas, bastante fechadas, que falam apenas o itinerário, nada mais, e sentam no banco de trás. Temos que compreender e respeitar”, afirmou.

Pedro Buzo no ponto de taxista da Matriz de Nossa Senhora da Penha: quase 30 anos de profissão

“Batendo” ponto na Praça da Matriz de Nossa Senhora da Penha, Pedrão diz que está próximo de se aposentar, e que por isso deve mudar de endereço de atendimento. “Vou para um ponto mais maneiro e tranquilo, ao lado da estação”, diz ele, ansioso por um momento mais calmo de trabalho, condizente com o seu estilo de vida.
No entanto, nem sempre foi assim. Ao longo da carreira foram muitas idas e vindas, algumas para muito longe, como as viagens ao interior do Espírito Santo e também para a bela capital de Minas, Belo Horizonte. “Para São Paulo e Campinas foram várias vezes, sempre com muita pontualidade e presteza”, esclareceu com orgulho.

Dentre as várias histórias que marcaram a sua longa trajetória, Pedro Buzo tem lembranças marcantes de momentos tristes. “Fui assaltado três vezes aqui em Itapira”, revelando momentos de tensão. “Os marginais estavam sempre armados”, declarou. “Mas houve ainda uma certa viagem em que transportei uma passageira para São Paulo, muito mal de saúde, que infelizmente morreu assim que saiu do carro e deu entrada no hospital. Ficou marcado na minha memória”, relembra.

Pedro Buzo (à esquerda) nos tempos do Cine Paratodos

Apesar destes momentos não tão legais, Pedrão afirma que valeu a pena trocar a profissão de caminhoneiro pela de taxista. Declarou que neste período teve muitas alegrias e faz questão de mencionar a camaradagem entre os colegas de profissão: “só tive colegas de trabalho parceiros, pessoas de bom coração e verdadeiros amigos”, finalizou.

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