Gazeta Itapirense

Pandemia altera até a rotina do Serviço Militar obrigatório

 

Até o mês de março, um grupo de jovens aqui de Itapira que completaram 18 anos de idade em 2020 estará sendo convocado para uma cerimônia que se repete a cada ano, no paço municipal. Trata-se do juramento à bandeira, cerimônia que antecede a entrega do Certificado de Dispensa de Incorporação ao Serviço Militar obrigatório.

Cidades como Itapira, que não possuem Tiro de Guerra, são jurisdicionada a uma que possui as instalações. No caso da nossa cidade, a referência é o Tiro de Guerra 02- 023 de Mogi Mirim.

A reportagem da GAZETA foi recebida nesta quinta-feira, 07, pelos 1ºs sargentos Marco Aurélio Zazyk,40, José Wallace, 39, responsáveis pela instrução do Tiro de Guerra 02-023 de Mogi Mirim. Aliás, sargento Zazyk cumpria seu primeiro dia de trabalho, vindo da cidade gaúcha de Santa Maria para exercer a função de comando. Sargento Wallace foi efetivado há pouco mais de um ano, vindo do estado do Pará.

Ambos explicaram que encontra-se em pleno andamento o processo de seleção de 100 jovens que a partir de março estarão prestando o Serviço Militar naquela unidade. É um processo meticuloso, que via de regra, tem início com cerca de até 700 jovens e que após diversas etapas atinge o número limite de 100 pessoas selecionadas. O período de instrução se prolonga até o mês de novembro.

Sede do Tiro de Guerra em Mogi Mirim retomará atividades a partir de março

Mudanças

Sargento Wallace explica que o início das atividades em 2020 coincidiu com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Inevitavelmente, ele e os atiradores tiveram que se adaptar à nova realidade. “Tivemos que trabalhar com redução do efetivo e também da carga horária”, comentou.

Basicamente, a instrução diária passou a ser realizada com 25 atiradores que se revezam a cada dia, permitindo que todos participem das atividades. Em uma situação de normalidade, os atiradores têm que cumprir quase 500 horas de instrução. Diante das novas exigências o conteúdo é repassado de uma maneira onde as atividades são condensadas em períodos mais curtos e é claro, exigido o cumprimento de todos os protocolos de segurança sanitária. “Existe a preocupação de fazer mais em menos tempo, mas sem perder a essência da instrução”, pontuou sargento Zazyk.

Sargento Wallace informa ainda que a exemplo de outras atividades, o Exército Brasileiro também tem feito uso de ferramentas digitais para melhorar a qualidade do aprendizado e da comunicação entre o efetivo e que o próprio comando do Exército tem a maior preocupação no cuidado com a saúde de seus integrantes e da sociedade de uma forma geral. “Tomamos todos os cuidados necessários com a nossa e também com a saúde das pessoas com quem convivemos no nosso dia-a-dia. A saúde do próximo também impacta nossa convivência e nosso bem estar”, completou.

 

 

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