Gazeta Itapirense

Olho Político: 20 de novembro deveria ser, também, o dia dos sem consciência

Vinte de novembro foi oficializado como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra para homenagear Francisco, o herói dos quilombos, executado há exatos 326 anos. A data deve ser lembrada em todas as escolas do país, mas não é feriado nos munícipios e estados com legislação específica, como é o caso de Itapira.

O Dia Nacional da Consciência Negra não é um dia de festa. A data reforça a ideia de que a Consciência Negra é percepção histórica e cultural que os negros têm de si mesmos, representa a luta contra a discriminação racial e a desigualdade social. É um bom momento de reflexão aos que não entendem que ainda alimentamos o racismo estruturado, com práticas escancaradas ou veladas de exclusão. Ainda há brasileiros que colocam o racismo como assunto de quem não tem o que fazer, enquanto isso as pessoas pretas lideram os índices: de mortes nas operações de segurança pública, na mortalidade infantil, no desemprego, na fome, na precariedade das condições sanitárias…

Como bem sabemos, originamos todos de um ancestral comum -sejamos evolucionistas ou criacionistas-, como seres humanos, somos todos iguais. Ignorar as diferenças negativas impostas aos negros é o mesmo que não ter consciência do mundo em que vivemos. Isso não é bom. Nenhuma nação progride emaranhada no sentimento de ódio, explícito ou camuflado. Por isso, é preciso anular ou reduzir o mundo perturbador desses “sem consciência”.

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