Gazeta Itapirense

Nova reclassificação do Plano São Paulo confunde religiosos

Em meio a muitas dúvidas provocadas pelo anúncio do governo paulista que definiu que pelo menos até 07 de fevereiro todas as cidades do Estado deverão obedecer à fixação das regras mais duras dentro do Plano São Paulo, as atividades religiosas estão ameaçadas de não ocorrer presencialmente.

Isso porque a reclassificação anunciada na sexta-feira, dia 22, pelo governador João Dória, determina que de segunda a sexta-feira todas as cidades regridem para a Fase Vermelha do Plano São Paulo de reabertura econômica (o mais restritivo) com o fechamento até 07 de fevereiro (a partir das 20h00 em dias úteis e durante 24 horas aos finais de semana), das chamadas “atividades não essenciais”.

A prefeitura promete baixar um comunicado ainda hoje esclarecendo esta e outras dúvidas que cercam o cumprimento destas novas medidas. Vladen Vieira, secretário de Saúde disse que em seu entendimento, as atividades religiosas “Seguem as normas de eventos e convenções”. Na redação do Plano São Paulo, consta que na fase 1 (Vermelha) no tópico Eventos, Convenções e Atividades Essenciais, “Atividade não Permitida”.

Porém, observam alguns religiosos, que o próprio governo paulista havia incluído as atividades religiosas dentro dos “serviços essenciais”. Este é o entendimento do pastor Antônio Orcini, da Igreja Assembleia de Deus. “As atividades religiosas foram objeto de um regramento mais rigoroso, com diversas adaptações, que pelo menos em nosso caso, vem sendo cumprida rigorosamente conforme aquilo que determinam as autoridades sanitárias. Determinamos a ocupação de no máximo 40% dos assentos, cumprimos o distanciamento, uso de máscaras e higienização das mãos. Agora, evidentemente, que precisamos estar atentos a alguma outra orientação”, comentou.

O reverendo Luís Fernando dos Santos, da Igreja Presbiteriana Central, disse que o assunto é objeto de análise mais acurada dos dirigentes da Igreja. “No nosso entendimento, o novo decreto do governo estadual limita a realização dos cultos presenciais. Se a partir das 20h00 ficar proibido, cuidaremos de realizá-lo antes. Agora, se for preciso fechar tudo novamente, vamos cumprir o que for determinado. Faremos de outras formas, aliás, como já foi feito anteriormente. Não deixaremos de adorar por causa disso”, refletiu.

Reverendo Luís Fernando: “Não deixaremos de adorar”

Católicos

A Igreja Católica ainda não tem uma posição oficial a respeito do assunto. A GAZETA dirigiu uma consulta a este respeito para a Diocese de Amparo e foi informada que o assunto estava sendo analisado. Sob condição de anonimato, um religioso expressou que no seu entendimento o novo decreto não deixa claro se as Igrejas podem celebrar atividades religiosas e também acredita que vale o entendimento de que este tipo de atividade foi enquadrada no rol daquelas consideradas essenciais. “Desde o anúncio das primeiras medidas, lá atrás, temos tido um aprendizado muito oportuno de como lidar com toda esta situação. Temos obedecido aos protocolos de segurança, pedindo sempre para os fiéis que se cuidem. Entendemos que devamos priorizar sempre a vida. Agora, se for do entendimento das autoridades de Saúde que devamos novamente nos recolher, assim faremos. Voltaremos aos formato das transmissões pela internet”, ponderou.

Religiosos já cogitam a volta das transmissões on line durante celebrações

Festa

A comunidade de Santo Antônio informou que pelo menos até o presente momento, fica mantida a festa em louvor ao Menino Jesus de Praga, programada para ocorrer a partir deste sábado, dia 30 de janeiro, na própria igreja matriz, com missa às 18h00.

Serão ao todo quatro dias de celebração, com direito à venda de produtos comestíveis (pastel, lanche de pernil e sobremesa) com sistema de entregas drive thru. Pela primeira vez a festa deixa de ser realizada na comunidade do Menino Jesus de Praga, cuja igreja fica localizada na rua 24 de outubro, região central da cidade. A paróquia coloca à disposição das pessoas 200 assentos (40% do permitido) e reforça todos os cuidados de distanciamento, uso de máscaras e higienização das mãos.

 

 

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