Nossa História – Um tributo ao eterno Flávio Zacchi
O mês de trouxe de volta alguns fatos que reviraram nossa memória e trouxeram recordações. Algumas boas, outras nem tanto. Mas, como tudo na vida é uma balança de dois pratos, temos que seguir o que diz um samba bem conhecido: “levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Então, consideramos que a mais marcante foi: no dia 31 de março lembramos com pesar a partida do eterno Flávio Zacchi, que há 33 anos nos deixou.
Portanto, nada melhor que usar do seguinte expediente para aplacar a saudade e ao mesmo tempo prestar uma homenagem ao saudoso amigo.
“A tradição das grandes celebrações da Semana Santa, e a mais marcante certamente é a Procissão do Senhor Morto, nos remete a um passado não muito distante e traz à memória pessoas que fizeram parte e que marcaram presença na história e nesse tempo, sobretudo na Paróquia Santo Antonio.
O comando ficava sempre por conta do Padre Mateus Ruiz Domingues, figura ímpar, carismática e que impunha respeito entre a garotada, quase todos coroinhas, que participavam e colaboravam para a realização das comemorações.
Outro grande atuante nas celebrações da época foi Flávio Zacchi, que com sua voz calma, pausada e marcante, fazia todas as transmissões pelas ondas da Rádio Clube, deixando por dentro dos acontecimentos todos aqueles que não podiam se fazer presentes nas cerimônias. Grande colaborador do Padre Mateus, Flávio era presença marcante e quase obrigatória em todos os acontecimentos da paróquia e mais ainda da Semana Santa. Pessoa bondosa, gentil, de sorriso fácil e cativante, ele deixou saudade em todos que o conheceram.
Porém, ninguém teve passagem mais marcante na Semana Santa que a senhora Odila Luchetti de Oliveira, que na sexta-feira, durante a procissão do Senhor Morto, encarnava a figura de Verônica (aquela mesma que ao secar o rosto de Jesus para confortá-lo em sua dor, teve a sua imagem impressa no tecido), e ao desenrolar o sudário enquanto cantava, emocionava a todos os participantes da cerimônia que assistiam, extasiados, a tamanha perfeição no desempenho do papel por ela realizado.
Momentos marcantes como estes dificilmente deixarão nossa memória e com certeza, o tempo não irá apagar as lembranças e as saudosas recordações das pessoas e dos acontecimentos de uma época que há pouco se foi.”
*Coluna publicada originalmente na versão impressa do jornal A Gazeta Itapirense