Gazeta Itapirense

Nomes acompanham as mudanças da sociedade

Os nomes de vivos ou mortos podem possuir significados que, para muitos, seriam como uma espécie de senha cabalística a identificar a personalidade de cada um. Na realidade, muito além do esoterismo malbaratado, os nomes próprios são sim um portal que identifica toda uma época transformada no tempo. Transformação esta operada por homens e mulheres que influenciaram outros e carrearam a popularidade desta ou daquela alcunha.

Sedo assim, é possível dizer que cada época tem o seus nomes prediletos. Gumercindo, quem diria, foi até renegado no começo do século 20 por ser considerado modernoso demais. Décadas depois se popularizou e hoje está quase esquecido. Alguma criança que nasça hoje tem nome de Gumercindo? Levantamento de A Gazeta confirma que não.

O que se vê muito hoje em dia é a variedade de nomes. Antônio, por exemplo, que já foi o preferido, aparece bem menos hoje em dia, onde é mais fácil encontrar a variação inglesada Anthony. Antônio, o nome que remetia a um dos santos mais populares da Igreja Católica está relegado, ficou demodê, saiu de moda.

Os nomes preferidos pelos brasileiros no decorrer deste ano foram Miguel, com 25.140 registros, e Helena, com 23.047. No entanto, nomes como Gael, Davi, Ravi, Noah, Isaac, Aurora, Ísis, Maya, Liz, Maitê e Eloá já figuram na lista dos 30 mais escolhidos pelos pais ao longo deste ano.

 Cartório Civil de Itapira guarda parte de nossa história

Porém, nomes que não seriam tão ultrapassados assim como Paulo, Rita, Roberto e Sérgio também não estão mais entre os preferidos de papais e mamães.

O nome bíblico Davi, que sugere que a população evangélica cresceu ainda aparece, da mesma forma que João, outro bastante antigo, mas ainda lembrado.
Miguel, que faz evocação ao arcanjo de devoção popular é outro que se mantém na ativa, bem como Lucas e Luís. Eles fecham a lista dos nomes ainda conhecidos por gerações mais velhas e que permanecem vivos entre as famílias itapirenses.
Contudo, o nome José, que no passado teve uma grande preferência também mostrou queda na preferência.

Como curiosidade, o Registro Civil de Itapira guarda uma verdadeira relíquia. São livros com nomes de pessoas que fizeram a história da cidade, de forma anônima ou não, desde 1890 – ou seja, há exatos 134 anos.

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